A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votou de forma contrária, em parte ou integralmente, ao decreto do governo Bolsonaro que prevê a extinção de órgãos colegiados da administração pública federal. Com os seis votos já computados, e maioria confirmada ao fim do julgamento, será a primeira medida do governo Bolsonaro a enfrentar uma derrota no plenário da Suprema Corte.
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CCJ do Senado aprova projetos que derrubam decreto de armas de Bolsonaro MP quer levar ao Supremo decreto de Bolsonaro que exonera peritos antitorturaBolsonaro exonera 11 peritos de órgão de combate à torturaPorta-voz diz que Bolsonaro tratou com Moro e Valeixo de vazamentoApós vazamentos, Bolsonaro recebe Moro e diretor da PFEsta ala mostrou insatisfação com o fato de o decreto não indicar nominalmente quais conselhos serão fechados. "Ao determinar a extinção até dia 28 de junho, sem indicar quais serão atingidos pela medida não é apenas desaparecimento de um cem números, mas sim quiçá a extinção em alguma medida do direito de participação da sociedade", considerou Fachin, para quem isso significa um "retrocesso em termos de direito fundamentais".
O decreto assinado pelo presidente que extingue órgãos colegiados da administração federal pode acabar com até 30 conselhos e comissões de participação e controle social em áreas como erradicação do trabalho escravo e pessoa com deficiência.
Barroso citou alguns conselhos alvos de extinção, como a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, e destacou que o trabalho escravo é um "problema que ainda existe", e que seria um "retrocesso" enfraquecer o debate sobre o tema. "Eu nem acho que o governo queira enfraquecer, mas é o subproduto deste decreto", afirmou.
Depois do voto de Barroso, Moraes, que já havia votado, fez um aparte para afirmar que, de todos os conselhos citados pelo colega, apenas o que envolve discussão sobre internet não foi previsto na Medida Provisória da administração pública que foi convertida em lei pelo Congresso Nacional..