Jornal Estado de Minas

'In Fux we trust'; novo trecho de conversa mostra confiança de Moro em Fux

- Foto: Reprodução/Twitter

Mais um trecho das conversas vazadas envolvendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, o procurador Deltan Dallagnol, foi divulgado na noite desta quarta-feira. Desta vez, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux é citado.

Nessa parte da conversa, Dallagnol reporta a Moro uma conversa que teria tido com Fux e que teria recebido o apoio do ministro. Na sequência, o então juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, usa uma expressão em inglês para dizer que daria para confiar no ministro.


A troca de mensagem entre o procurador e o então juiz da Lava-Jato ocorreu em 22 de abril de 2016. A conversa foi revelada por um jornalista do site The Intercept Brasil, em entrevista à Rádio BandNews FM.


O procurador, que afirma no trecho ter sido o interlocutor com Fux, disse que estava satisfeito com o resultado da conversa. No trecho, o ministro do STF Teori Zavascki, morto em acidente de avião em 2017, também é citado.



 “O ministro Fux disse quase que espontaneamente que Teori fez queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez”, afirmou.

 Na sequência, brincou com o fato de Fux ser do Rio de Janeiro.

“Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele..rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da Importância de nos protegermos como instituições”.


Em seguida, Sérgio Moro reage dizendo confiar em Fux. Ele comemora e usa uma frase em inglês, que significa em tradução livre que "em Fux nos confiamos". “Excelente. In Fux we trust”. Na continuação, Dallagnol posta as letras “kkk”, que significam, na linguagem do aplicativo, que achou graça.



No último domingo, o site The Intercept Brasil revelou conversas entre promotores e também entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol sobre os rumos e a sequência das investigações da Lava-Jato e, até, o telefone de testemunhas.

 

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