Milhares de pessoas se reúnem desde o final da manhã desta sexta-feira (14), na Região Central de Belo Horizonte, em protesto contra a reforma da Previdência e cortes da educação.
A manifestação se concentrou na Praça Afonso Arinos e seguiu pela Praça da Estação, passando pela Avenida Afonso Pena até a Praça Sete. Os manifestantes ainda seguiram até a Praça da Estação, onde o ato foi encerrado por volta das 15h30.
A estimativa dos organizadores é que mais de 200 mil pessoas participaram do ato na capital mineira. A Polícia Militar não vai divulgar estimativa oficial.
Estudantes da UFMG começaram a passeata por volta das 11h, na Avenida Alfredo Balena, em frente ao Hospital João XXIII, na Região Central. Eles se encontraram com outros movimentos sociais e sindicatos na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito, também na Região Central da capital.
A Avenida Afonso Pena sentido Praça Sete foi completamente fechada por volta de 12h30.
Estudantes da UFMG fizeram uma performance em frente ao Palácio das Artes. De accordo com a estudante de música da UFMG, Maíra Tardelli, a performance ( foto acima) tem relação com o ' Ocupa UFMG'e representa a 'onda estudantil', movimento promovido pela Faculdade de Música e Belas Artes, iniciado em 2016, ano que houve ocupações em outras cidades país afora.
''Tínhamos dado essa performance como acabada, por que o tecido foi queimado em Brasília. Ela foi inspirada em uma obra de Lygia Pape, chamada o Divisor, feita pela artistas durante a Ditadura Militar. Era mais uma performance de instalação. A gente uniu com uma outra obra IEPE, chamada Painting Reality, onde tinta era jogada no chão e as pessoas passavam deixando marcar por toda avenida", explicou a estudante.
Trios elétricos
Na Praça Afonso Arinos, dois trios elétrico e um carro de som de sindicatos (CUT, Sundifes e Sindeletro) reúnem milhares de pessoas no final da manhã desta sexta-feira (14).
Tamvém participa do protesto o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Além de faixas contra a reforma da Previdência, o movimento tem manifestações contra os cortes na educação e contra a privatização de estatais.
Também troxeram faixas contra o ministro Serigo Moro, ironizando os supostos diálogos com integrantes da força-tarefa da Lava-Jato, divulgados pelo The Intercept.
O servidor da UFMG, Erick Ávila, trouxe um cartaz com fotos do ministro da Justiça Sergio Moro e o promotor Deltan Dallagnol abaixo da frase: traidores do Brasil.
"Diante do que foi exposto, é preciso cobrar que os processos em que Moro julgou, claramente de forma tendenciosa, sejam revistos. Não só o caso do Lula, mas qualquer condenação injusta de Moro precisa ser revisada", diz.
A manifestação ocupa as avenidas João Pinheiro, Augusto de Lima e parte da Álvares Cabral.
O destino final do ato foi a Praça da Estação, mas ainda não informaram o trajeto ou quando começa a passeata.
Policiais militares acompanharam o movimento e cercaram as ruas do Centro.
Deputados federais
Manifestantes trouxeram cartazes com fotos de deputados federais mineiros e senadores, que já deram declarações a favor da reforma da Previdência. Segundo manifestantes, esses parlamentares são "traidores do povo".
As manifestações contra a reforma da Previdência se encerraram por volta das 15h30 na Praça da Estação. Lideranças sindicais e de movimentos sociais prometem novos atos nas próximas semanas com objetivo de pressionsar os parlamentares a não aprovar as mudanças na aposentadoria propostas pelo governo Bolsonaro.