O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, participou de um encontro do presidente Jair Bolsonaro com jornalistas e se exaltou ao comentar as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que colocou em dúvida o atentado a faca sofrido pelo então candidato ao Palácio do Planalto, em Juiz de Fora (MG).
General Heleno falou aos convidados que "o presidente comentou que eu o trato de 'senhor'. Por que eu trato de 'senhor'? Porque eu quero dar o exemplo de uma instituição que, na minha opinião, se não é a mais importante do país, está entre as três mais importantes. É o presidente de um poder eleito pelo povo, que merece o respeito de toda a sociedade".
Em seguida, enquanto se referia a Lula, o chefe do GSI levantou a voz e chegou a bater na mesa ao dizer: "Na minha opinião, e eu sempre tive essa opinião. É minha, hein? Não é do presidente, é minha: um presidente da República desonesto tinha que tomar uma prisão perpétua. Isso é um deboche com a sociedade. Um presidente da República desonesto destrói o conceito do país. Isso é o cúmulo, ele ainda aventar a hipótese da facada ser mentira. E será que o câncer dele foi mentira? E o câncer da dona Dilma foi mentira? Alguém disse pra ele isso aí, teve peito de dizer isso pra ele? Isso é uma canalhice típica desse sujeito", afirmou.
O general continuou: "Não mereceu jamais ser presidente da República. O presidente da República é uma instituição quase sagrada. Eu tenho vergonha de um sujeito desse ter sido presidente da República".
Ainda durante o café da manhã, Jair Bolsonaro rebateu a declaração do ex-presidente preso, dizendo que a barriga de Lula "deve ter muita cachaça".
As declarações de Lula foram dadas em entrevista transmitida na quinta-feira pela emissora TVT. "Eu, sinceramente...aquela facada tem uma coisa muito estranha, uma facada que não aparece sangue, que o cara é protegido pelos seguranças do Bolsonaro", comentou Lula na entrevista.