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Bolsonaro diz que há 'possibilidade zero' de demitir Sergio Moro'Pode ter havido descuido formal, mas não cometi nenhum ilícito, afirma Moro'Se quiserem publicar tudo, publiquem. Não tem problema', afirma Sérgio MoroPesquisa mostra que maioria não deseja que Moro dispute a PresidênciaMoro não reconhece autenticidade de mensagens de siteBolsonaro demite terceiro militar em uma semana“O que achou?”, quis saber Moro. O juiz se referia ao maior momento midiático da Lava-Jato , ocorrido após o depoimento do ex-presidente Lula. Segundo a reportagem, Sérgio Moro zombava do réu e de seus advogados enquanto fornecia instruções privadas para a Lava-Jato sobre como se portar publicamente e controlar a narrativa na imprensa.
Lula encerrou com a frase: “Eu estou vivo, e estou me preparando para voltar a ser candidato a presidente desse país”. Era o lançamento informal de sua candidatura às eleições de 2018.
Minutos depois da conversa com o então juiz, naquele 10 de maio, Santos Lima abriu o grupo 'Análise de clipping', em que também estavam assessores de imprensa do MPF do Paraná. Ele estaria em Recife no dia seguinte em um congresso jurídico.
Santos Lima copiou a conversa que teve em seu chat privado com Moro, em que o juiz sugere a nota pública para apontar as contradições de Lula, e colou em outro chat privado, com o coordenador da Lava Jato no MPF, Deltan Dallagnol. Eram 22h38.
De acordo com o site, foi a vez então de Dallagnol mandar uma mensagem ao grupo Análise de clipping, dos assessores de imprensa. O assessor de imprensa estranhou o pedido e alertou que poderia ser um “tiro no pé”.
Por fim, o pedido de Moro para apontar as contradições da defesa de Lula seria discutido no chat 'Filhos do Januário 1' até o fim da noite e também na manhã do dia seguinte, 11 de maio. E, finalmente, atendido.
Em nota enviada ao 'The Intercept', a assessoria do ministro Sérgio Moro declarou em nota que: “O Ministro da Justiça e Segurança Pública não comentará supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa de hackers e que podem ter sido adulteradas e editadas, especialmente sem análise prévia de autoridade independente que possa certificar a sua integridade. No caso em questão, as supostas mensagens nem sequer foram enviadas previamente.”
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