O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se manifestou em sua conta no Twitter após a maioria dos senadores terem decidido por derrubar os decretos assinados em maio pelo presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram o porte de armas no País. De acordo com Alcolumbre, 'existem alternativas pacíficas e civilizadas para a ordem social'.
"Pelo Regimento do Senado, o presidente só vota em caso de desempate de deliberações abertas. Sou contrário ao decreto das armas. Violência não se combate com violência. Decretar facilidades para o uso de armas de fogo é terceirizar a responsabilidade pela segurança pública".
Em outro tweet, Davi Alcolumbre afirmou que a Casa mostrou "grandeza" ao apreciar o tema. Além disso, se solidarizou com senadores alvos de ataques e ameaças por defenderem a derrubada do decreto. "Basta que o poder público faça a sua parte. É isto o que pede o Brasil", complementou.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) também utilizou as redes sociais para se manifestar sobre a decisão do Senado. "Esperamos que a Câmara não siga o Senado, mantendo a validade do nosso Decreto, respeitando o Referendo de 2005 e o legítimo direito à defesa", escreveu.
Mais cedo, em uma conversa com jornalistas, o presidente havia dito que se o Senado derrubasse o decreto que flexibiliza a posse e o porte armas, iria determinar ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que a Polícia Federal não dificultasse quem quisesse ter armas em casa.
"Não tem plano B (caso o decreto seja derrubado). A Polícia Federal está sob meu comando. No Brasil, o grande reclamo do pessoal do passado era que a PF, na questão de efetiva necessidade, tinha dificuldade… Eu, como presidente, isso vai ser atenuado, porque vou determinar junto ao ministro Sergio Moro, que tem a PF abaixo dele, para a gente não driblar, e não dificultar quem quer, porventura, ter arma em casa", afirmou Bolsonaro.
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