A primeira-dama Michelle Bolsonaro participou nesta sexta-feira da abertura da 2ª Surdolimpíadas do Brasil, em Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado. Ela anunciou em Libras, língua de sinais, a retomada do Bolsa Atleta para esportes não olímpicos e não paralímpicos, além da garantia de uma sede para a Confederação Brasileira de Desporto de Surdos (CBDS).
"Para a comunidade surda, tenho certeza de que valores fundamentais têm sido agregados, como união, interação social e a superação. Olhando para vocês, prontos para uma série de competições, fico imaginando o que passaram no passado, as dificuldades e barreiras. Eu me coloco em seus lugares e me emociono", afirmou.
"Acredito que até o fim do ano a gente termina. Com a reorganização do orçamento, que trouxe mais R$ 70 milhões para o Bolsa Atleta, vamos fomentar o esporte não só na comunidade de surdos, mas também entre os autistas e todos os que estão fora do programa olímpico e paralímpico", disse Emanuel Rego, titular da Secretaria Nacional de Alto Rendimento da Secretaria Especial do Esporte.
A previsão é que o edital seja lançado ainda em 2019. A Polícia Rodoviária Federal fez a escolta de Michelle Bolsonaro até o evento. As obras da sede serão financiadas pela Caixa Econômica Federal.
O evento será realizado até o próximo domingo, com competições de diversas modalidades, em ginásios poliesportivos, campos de futebol e clubes da cidade.
Além da primeira-dama, também esteve presente o Ministro da Cidadania, Osmar Terra. A competição reúne 315 atletas de 14 estados, disputando 11 modalidades.
As competições incluem disputas de atletismo, badminton, basquete, futebol, handebol, judô, caratê, natação, tênis de mesa, vôlei e xadrez.
Para dar suporte ao evento, a Secretaria Especial do Esporte celebrou um termo de fomento com a Confederação Brasileira de Surdos (CBDS), no valor de R$ 130 mil.
A primeira edição ocorreu em maio de 2002, na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, com a participação de cerca de 1,5 mil atletas, de nove estados.