A Proposta de Emenda à Constituição que faz uma reserva para mulheres ocuparem cargo na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas terá de passar por uma nova votação na Constituição e Justiça da Casa. Isso porque o grupo rejeitou o parecer pela rejeição da proposta apresentado e a reunião acabou com a designação de uma nova relatora.
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Mulheres são minoria nas cúpulas dos partidosDeputadas acusam má vontade em aprovar PEC das mulheres na Mesa da AssembleiaMulheres pressionam para que Câmara vote PEC que cria cotas no LegislativoALMG pode incluir licença maternidade de deputadas no regimentoPela proposta, seria garantida pelo menos uma vaga para cada sexo na Mesa. Celise Laviola foi indicada para assumir a relatoria e apresentar um novo parecer no dia 2 de julho.
Ao opinar pela rejeição da PEC, o deputado Guilherme da Cunha disse defender direitos iguais para homens e mulheres e que a reserva de vaga na mesa desconsidera o fato de ambos os sexos estarem aptos a exercer as funções. Já o deputado Bruno Engler (PSL) classificou a proposta como “não democrática".
Visibilidade
Já para a deputada Ana Paula Siqueira (Rede), a proposta é uma forma de dar mais visibilidade às mulheres na política. Ela lembrou que a Câmara dos Deputados aprovou regra similar e defendeu que as deputadas participem de espaços de decisão no Legislativo.
“Talvez os deputados não se atentem, mas esta não é uma Casa projetada para mulheres.
Autora do texto, a deputada Marília Campos (PT) diz que é preciso fazer valer a Constituição Federal, pela qual homens e mulheres devem ter direitos iguais. Para ela, ter uma mulher na Mesa seria educativo.
A proposta de reservar vagas na Mesa para mulheres deputadas tramitou durante o mandato passado mas não foi votada por falta de quorum..