A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) pediu nesta terça-feira (25) que seja feita justiça no caso do assassinato de seu marido, pastor Anderson do Carmo, morto a tiros no último dia 16, na casa do casal, em Niterói. Ela falou com jornalistas e não descartou a participação de dois de seus filhos, Flávio dos Santos e Lucas dos Santos, no crime. Disse que, se for isso for provado, eles devem ser punidos.
“Se for provado que foram os meus filhos, eu quero que eles sejam punidos, quero justiça. Seja quem for que cometeu tal ato. Quero justiça pelo o que aconteceu ao meu marido”, desabafou a parlamentar, que também é cantora gospel e juntamente com o marido coordenava o ministério Flordelis Cidade do Fogo, com três templos no estado do Rio.
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“Meu maior desejo hoje seria ver o meu filho Flávio. Eu tenho certeza que, para mim, ele diria a verdade, sim ou não. colocar a mão no fogo, eu prefiro agora não responder isso. Porque eu não sei. Mesmo sendo mãe, a gente não está no coração das pessoas. Mas eu não acredito ”, disse a deputada, que interrompeu várias vezes a entrevista coletiva para conter a emoção.
Questionada sobre qual seria o recado para os dois filhos que estão presos, Flordelis pediu que eles seguissem os ensinamentos dados por ela e que não mentissem. Flávio é acusado de terfeito os disparos e Lucas, de ter adquirido a arma ilegalmente.
“Que sejam verdadeiros sempre. Que digam a verdade sempre. Dizer para eles que a nossa família está sofrendo muito. Os irmãos estão sofrendo muito. Eu estou sofrendo muito. Nenhuma mãe cria um filho para ter esse tipo de acusação. É muito duro para uma mãe. E mais duro ainda é ser incriminada por atos que os filhos cometeram”, desabafou.
Celulares
A parlamentar disse que não sabe onde está o seu aparelho celular nem o do marido. Explicou que muitas pessoas passaram pela casa após o crime e que inclusive alguns objetos sumiram. Disse que uma fogueira foi feita no quintal apenas para queimar capim, que estava alto. Ela reafirmou ainda confiança no marido, dizendo que "botava a mão no fogo por ele".
Flordelis foi interrogada, na segunda-feira (24), por quase dez horas. Ela disse que não poderia dar maiores detalhes sobre uma pistola encontrada pela polícia no quarto do filho Flávio, pois isso fazia parte do sigilo da investigação.