O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, disse nesta quinta-feira, 27, que foi um "erro lastimável" da parte do Exército Brasileiro a execução do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, ocorrida no Rio de Janeiro, em abril.
O caso mobilizou a opinião pública. O governo federal, porém, evitou entrar no assunto e não classificou-o como erro. Depois de cinco dias, o presidente Jair Bolsonaro classificou a execução como um "incidente" e disse que o Exército "não matou ninguém".
Já o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, que sucedeu Santos Cruz na Secretaria de Governo, disse que não foram assassinatos as mortes do músico e do catador. "Houve uma fatalidade. O pessoal tem colocado assassinato, não é", afirmou.
As declarações de Santos Cruz foram dadas durante o 14º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).