Com 15 votos a favor, 14 contrários e três abstenções, os vereadores de Belo Horizonte arquivaram, na tarde desta segunda-feira, no plenário o pedido de abertura de processo para cassação de Flávio dos Santos (Podemos). Para a abertura do processo eram necessários 21 votos favoráveis.
Flávio dos Santos era acusado da prática da “rachadinha”, em que servidores destinavam parte do salário para custear centro espírita que administra em Belo Horizonte.
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O vereador Gabriel Azevedo (PHS) classificou o momento como mais um episódio que "envergonha" a Câmara, e defendeu que os pares votem para que o caso, assim como ocorreu com Cláudio Duarte (PSL), seja investigado.
Na mesma linha de argumento, Mateus Simões (Novo) que contou que foi procurado por Flávio dos Santos que afirmou ser inocente. Contudo, Simões adiantou o voto dizendo que se posicionaria favoravelmente à instalação da comissão processante.
Também alvo de um pedido de cassação protocolado na Câmara, o vereador Gilson Reis (PCdoB), afirmou que o Legislativo municipal está sendo vítima de uma espécie de perseguição. Para ele, alguns pedidos de investigação apresentados são usados como forma de os autores se promoverem e conseguirem atenção para disputas nas próximas eleições. “É preciso acabar com essa cassação as bruxas”.
Na defesa de Santos, o vereador Autair Gomes (PSC) defendeu a integridade do colega e reforçou o pedido de arquivamento da denúncia, também usando o argumento de que a Casa sofre de perseguição. “Minha posição é que seja arquivado esse processo”, disse.
Inicialmente, a reportagem havia citado, erroneamente, que o vereador Fernando Borja (Avante) havia defendido o arquivamento da denúncia.