A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira, 1º, as quatro mulheres apontadas como candidatas-laranja do PSL nas eleições de 2018. Em depoimentos ao longo das investigações, todas permaneceram em silêncio. O indiciamento foi por falsidade ideológica, aplicação irregular de verba e associação criminosa. O inquérito será agora enviado para o Ministério Público, para apresentação, ou não, de denúncia.
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Deputada diz ter sido ameaçada de morte pelo ministro do Turismo Marcelo Álvaro AntônioMarcelo Álvaro Antônio será chamado ao Senado para se explicar sobre denúncias Conheça perfil de Marcelo Álvaro, ministro mineiro que está na corda bambaRelator na Câmara dos Deputados dobra fundo eleitoral para 2020Na última quinta-feira, 27, a Polícia Federal, também no âmbito das investigações sobre o esquema, prendeu o assessor especial de Marcelo Álvaro no ministério, Mateus von Rondon, e dois coordenadores da campanha do hoje ministro a deputado federal no ano passado, Roberto Soares, conhecido como Robertinho, e Haissander Souza de Paula. Os dois trabalhavam, respectivamente, em Ipatinga e Governador Valadares.
O ministro do Turismo nega qualquer participação no esquema. A reportagem entrou em contato com o diretório do PSL em Minas e aguarda retorno. Nas investigações, ficou comprovado, entre outros pontos, que uma gráfica utilizada no suposto esquema já não funcionava dois anos antes das eleições. A Polícia Federal apurou ainda que a empresa pertencia a um irmão de Roberto Soares.
Segundo a Polícia Federal, a relação custo por voto entre as mulheres que teriam sido usadas como laranjas no esquema era maior que a registrada entre candidatos que venceram as eleições. O custo médio entre os que venceram era de R$ 10 por voto, enquanto o das candidatas do PSL era de R$ 300.
As penas máximas para os três crimes são de 9 anos e três meses de prisão. O Ministério Público de Minas Gerais também investiga o suposto esquema de desvio de recursos do fundo eleitoral..