O ministro da Justiça, Sérgio Moro, segue sendo ouvido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na tarde desta terça-feira sobre o conteúdo das conversas publicadas pelo site The Intercept Brasil que apontam interferência dele em investigações na Lava-Jato.
Moro ainda repetiu a justificativa de que não há nada demais no conteúdo publicado e que se trata de um “balão vazio, cheio de nada”.
Em outro momento, o ex-juiz ainda negou que “inocentes” tenham sido condenados nas sentenças dadas por ele no período em que esteve à frente da 13ª Vara Federal, em Curitiba. Ele argumentou que todas as decisões também passara pelo crivo de juízes de outras instâncias e que foram mantidas. “Admitindo que, eventualmente, sejam verdade, qual mensagem que revela que qualquer inocente foi condenado?”, questionou.
A sessão da CCJ que Moro é ouvido já dura cerca de duas horas e devem avançar ao longo da tarde.
Três comissões da Câmara dos Deputados (de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias) realizam a audiência pública com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Além de mensagens entre outros procuradores membros da força-tarefa.