A audiência do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara virou palco para ataques entre oposição e a base governistas. Já nas primeiras perguntas direcionadas a Moro, o clima da sessão esquentou levando o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), a classificar a sessão como uma aula da "Escolinha do Professor Raimundo", em referência ao programa de humor da TV Globo.
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Deputado presenteia Moro com 'troféu da Champions League'Moro diz que advogado de Lula adotava 'postura agressiva''Passei a sexta-feira esperando uma bomba', diz Moro sobre novos vazamentos'Parece a Escolinha do Professor Raimundo', diz presidente da CCJ sobre reunião com Sérgio MoroSão criminosos que receiam que as investigações cheguem a eles, diz Moro na CâmaraApós bate-boca generalizado, depoimento de Moro chega ao fimA vice-presidente da CCJ, deputada Bia Kicis (PSL-DF), usou dos escândalos de corrupção de governo petistas para atacar a oposição. "O pior é que a mentira, o roubo, ele vem depois com mentiras para tentar sustentar. E vem acompanhado de mais coisa, de muita cara de pau, de pessoas que ficam a todo custo agredindo Vossa Excelência, inventando inverdades, tentando desmoralizar, coisa que não vão conseguir, com o intuito claro de defender o chefe da quadrilha", disse a deputada.
O líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), provocou Moro ao pedir que ele abra mão de seus sigilos "já que ele não tem nada a esconder" e criticou algumas falas irônicas do ministro. "O senhor não tem direito de ser irônico", disse sendo interpelado pro Moro: "Seu direito a expressão não pode me ofender".
Em outro momento de confusão, deputados governistas liderados por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, levantou folhas impressas com as palavras "solução" e "montanha". Os termos se referem aos supostos apelidos de Maria do Rosário (PT-RS) e Pimenta no sistema de pagamentos ilegais a construtora da Odebrecht.
Em um momento de descontração, após mais uma briga entre oposição e situação, Francischini ainda imitou o gesto que o personagem de Chico Anysio fazia com o polegar e o dedo indicador para encerrar os programas da "Escolinha": "E o salário, ó!", disse..