Com o limite de gasto com pessoal estourado, o governador Romeu Zema (Novo) nomeou nesta quinta-feira (4) 425 aprovados em um concurso público de 2014 para o cargo de investigador de polícia. A lista, que segundo o governo de Minas traz os que ficaram como excedentes, foi publicada no Minas Gerais.
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"Agradeço ao governador Romeu Zema e ao secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy, pelo empenho e a sensibilidade em relação à necessidade de reestruturação dos quadros da Polícia Civil”, afirmou o chefe da Polícia Civil, delegado Wagner Pinto de Souza.
Os nomeados vão passar por exames admissionais e ingressar na Acadepol, onde farão curso técnico de formação policial por quatro meses.
“Após a conclusão, os policiais serão designados para atuar em unidades determinadas pela Superintendência de Investigação de Polícia Judiciária (SIPJ). Os melhores colocados escolhem em qual das delegacias relacionadas pela SIPJ querem servir”, informou a diretora da Academia de Polícia Civil, delegada-geral Cinara Liberal.
Em nota, a Seplag informou que o impacto financeiro anual das novas contratações é de R$ 28.568.379,54.
A secretaria justificou a limitação das nomeações com base na LRF, que permite a recomposição de cargos das áreas de educação, saúde e segurança decorrentes de vacância. "Conforme entendimento jurídico, é possível a nomeação para cargos da carreira que ficaram vagos, desde que o valor despendido seja igual ou inferior ao gasto anterior. Assim, em análise realizada, foram identificados 425 cargos passíveis de substituição", informa.
Nomeações
No mês passado, o secretário de Planejamento e Gestão Otto Levy foi cobrado por deputados, em audiência na Assembleia, por nomeações de aprovados em concursos para a polícia e para a educação.
“Temos um concurso da PM adiado e no máximo em fevereiro essas pessoas serão chamadas. Estamos analisando talvez antecipar o chamamento”, disse Levy no dia.
Nas audiências de fiscalização na Assembleia, os secretários informaram que Minas Gerais está com o limite para gasto com pessoal estourado, gastando atualmente 74% da receita corrente líquida, quando o máximo permitido é 60%. Diante disso, eles informaram que o estado só fará novos concursos se cargos ficarem vagos. .