Os deputados estaduais tentaram, sem sucesso, fazer uma reunião da comissão especial para analisar o veto do governador Romeu Zema (NOVO) à reforma administrativa na manhã desta quinta-feira (4). Não conseguiram atingir o quorum necessário de três parlamentares.
Com isso, os membros não definiram um relator e a expectativa é que o texto chegue ao plenário, trancando a pauta, na próxima terça-feira (9) sem um parecer. Neste caso, um nome será designado na própria sessão para emitir um relatório.
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Presidente da ALMG diz que vai pautar veto de Zema que permite pagar jetons antes do recessoPagamento de jetons é 'evolução' do governo Zema, diz líder da baseZema diz que decisão final sobre jetons de secretários será da ALMGVeto de Zema que libera jetons para secretários entra na pauta da ALMGZema adia envio de ajuste à ALMG à espera de Previdência e Lei KandirDeputados do Novo fecham questão por veto de Zema que libera jetons de secretáriosApesar de a Assembleia ter aprovado a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que desobriga os parlamentares a votarem projetos antes do recesso, o presidente Agostinho Patrus (PV) já afirmou que vai colocar o veto parcial em pauta.
Zema vetou nove modificações incluídas pelos deputados à reforma. A mais polêmica delas é a que proibiria o pagamento de jetons aos secretários de estado.
“Acredito que na semana que vem votamos o veto para entrarmos agosto sem a pauta trancada. Tivemos uma ampla conversa, inclusive com o presidente da Casa, e acredito que está bem encaminhaddo para mantermos a decisão do Executivo”, afirmou o líder do governo, deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB).
Blocos discutem jetons
Os líderes dos blocos independentes, Sávio Souza Cruz (MDB) e Cássio Soares (PSD), informaram que os deputados ainda não fecharam questão. O assunto será discutido pelos grupos, já que há inclusive pontos vetados que foram frutos de emendas de seus integrantes.
Nessa quarta-feira, Cássio Soares admitiu a possibilidade de rever a posição sobre os jetons para não inviabilizar a administração.
A bancada de oposição, segundo o líder André Quintão (PT), deve manter a posição pela derrubada do veto. Com isso, querem proibir os jetons que eram pagos pelo ex-governador Fernando Pimentel (PT). "Ele (Pimentel) não disse que era contra jetons na campanha eleitoral", justificou o petista.
Zema vetou o pagamento de jetons aos secretários depois de ser crítico à prática, que durante a campanha eleitoral afirmou ser uma espécie de puxadinho para engordar salários. A alegação é que o estado está impedido pela lei de responsabilidade fiscal de conceder reajuste ao atual salário bruto de R$ 10 mil dos secretários.
Teto de R$ 35 mil
O governo de Minas já havia informado que vários secretários irão compor conselhos fiscais para cuidar dos interesses do estado. A participação em reuniões, que costumam ser uma ou duas por mês, dá uma remuneração extra que pode até triplicar os vencimentos.
Ao vetar a proibição aos jetons, Zema editou decreto limitando a soma da remuneração do conselho com o salário de secretário ao teto estadual, que é o salário dos desembargadores, de R$ 35,4 mil.
O vice-líder do governo, deputado Guilherme da Cunha (Novo), disse acreditar que o governo tem votos suficientes para manter o veto dos jetons. Para derrubar a decisão de Zema, são necessários pelo menos 39 votos. Se esse número não for atingido, o veto é mantido. .