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Estado de Minas ENTREVISTA

"Tenho certeza de que serei absolvido", diz vereador Wellington Magalhães

Parlamentar diz ser vítima de perseguição política e que conseguirá provar sua inocência


postado em 05/07/2019 06:00 / atualizado em 05/07/2019 07:22

"Confio muito na Justiça, e agora estamos vendo que houve estardalhaço. Estamos provando que não há nada de concreto. Não há provas. Tenho certeza de que houve pressão de grupos políticos" (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O vereador Wellington Magalhães (DC) reassumiu sua cadeira na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na segunda-feira passada, por uma decisão do ministro João Otávio de Noronha do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Acusado de desvio de recursos públicos no período em que foi presidente da Casa, entre 2015 e 2016, Wellington estava afastado do mandato havia pouco mais de um ano.

Em entrevista ao Estado de Minas, ele afirma confiar na Justiça, nega haver provas das acusações e que houve “estardalhaço na mídia”, sem que antes fossem levantadas provas.

Como foi para o senhor reassumir o mandato na Câmara e como será sua atuação a partir de agora?
Fui o terceiro vereador mais votado em Belo Horizonte. Continuará como foi nesses 20 anos de vida pública. Sempre olhando para os mais carentes, as pessoas mais necessitadas, apresentando projetos que ajudem essas pessoas.

E como será a relação com os colegas vereadores?
Continua a mesma de sempre. Tenho amigos e companheiros resultantes de quatro mandatos, são aqueles com quem sempre conversamos, e continuará o mesmo trato. Não sou uma pessoa condenada, tenho certeza de que serei absolvido. Hoje o país está mudando, não há mais a presunção de inocência. Temos que provar que somos inocentes.

Nesse período de mais de um ano de afastamento, quais os momentos mais difíceis?
O que houve foi uma perseguição política, resultado em reação a atitudes que tomei que provocaram mudanças arrojadas na Câmara, acabando com verba indenizatória. Havia um funcionário que exercia um cargo havia 20 anos no setor de segurança. Eu o tirei do cargo e criei a Polícia Legislativa, o que, entre outras coisas, resultou em revolta de algumas pessoas, e houve muitas denúncias anônimas, e grande parte veio dele. Era um efetivo que cuidava de uma área (segurança) que não era a dele. Ele não era policial civil nem militar.

Como o senhor vê a tentativa de novo processo por parte do vereador Mateus Simões (Novo)?
Fato isolado e político. Quer chamar a atenção porque quer ser candidato a prefeito. A mesma denúncia que ele fez foi a que fui acusado no passado.

O senhor tem obtido decisões favoráveis em recursos nos tribunais. Qual a sua expectativa em relação a esse processo?
Confio muito na Justiça, e agora estamos vendo que houve um estardalhaço. Estamos provando que não há nada de concreto. Não há provas. Tenho certeza de que houve pressão de grupos políticos, até minha esposa foi presa. Tinha um ano e meio de investigação sem nada de novidade e arrumaram essa prisão que durou mais de um ano.

A um ano do início da campanha para as eleições municipais, com quais temas a Câmara e os vereadores devem se preocupar neste momento?
Hoje estão preocupados com eleições deles no ano que vem. As eleições passadas demonstraram muitas mudanças. O povo está mais inteirado, indo às ruas. Para o cargo de vereador, a campanha é mais disputada que a dos deputados. São 2 mil vereadores na briga para a população de Belo Horizonte. Vejo uma Câmara mais dinâmica, vereadores cuidando mais de suas regiões.

O mandato de vereador é mais próximo da população. Como se dá essa relação?
O vereador mora numa rua e tem em seu entorno os eleitores. Vive rotineiramente com seu eleitor. A cobrança é de perto. Está na vivência do dia a dia. O vereador é vigiado, mais de perto, tornando mais eficaz a cobrança.

A relação com a prefeitura tem sido boa?
Sempre. Vejo o (prefeito Alexandre) Kalil realizando um excelente trabalho em Belo Horizonte. Na campanha, não o apoiei, e sim o João Leite (deputado estadual do PSDB). Mas dou total apoio ao Kalil, e estou certo que continuará na prefeitura com o apoio da população.

O senhor vai tentar um novo mandato?
Não decidi nada ainda. Estou junto aos advogados cuidando dessa perseguição mais de perto para, depois, decidir junto ao grupo político.
 


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