O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, continua blindado. Mesmo depois da publicação de novos diálogos que sugerem supostas orientações ilegais do ex-juiz em ações da Operação Lava-Jato, o presidente Jair Bolsonaro o defendeu nesta sexta-feira (5/7).
Disse que irá acompanhado do ministro à final da Copa América, no domingo (7/7), e deixará que os torcedores presentes façam a avaliação do governo. “Se a segurança permitir ir eu e Sérgio Moro ao gramado, o povo vai dizer se nós estamos certos ou não”, destacou.
A nova edição da revista Veja informa, em uma parceria com o The Intercept, que Moro atuou com parcialidade no caso. “O atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem”, apontou um trecho da reportagem.
O presidente da República, em contrapartida, não apenas manifestou que será o povo a “julgar” o governo, como provocou a imprensa a noticiar informações sobre Adélio Bispo, o responsável pelo atentado contra ele. “Falam tanto na questão do Moro, telefone, etc, e cadê o caso do Adélio? Não vão dar nenhuma força pro caso? Os telefones estão guardados.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com ação impedindo que se entre no telefone celular de alguns. Pois se entrar, vão saber quem foi o mandante da tentativa de homicídio da minha parte”, disse Bolsonaro.