Comandada pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), o governo federal obteve uma vitória acachapante na votação do primeiro turno do texto-base da reforma da Previdência. O substitutivo, votado em comissão especial, é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC ) enviada em março pelo Executivo ao Congresso Nacional.
Foram 379 sim, superior à contabilidade prevista pelo governo de 330 votos, contra 131 que disseram não à mudança na aposentadoria. Mas o que também chamou a atenção foram os 'votos dos rebeldes', vindos de deputados que traíram orientação de suas respectivas lideranças partidárias.
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PSDB
O PSDB também determinou como deveriam votar parlamentares do partido. Diferentemente do PDT, a direção tucana determinou que seus deputados votassem sim às mudanças nas regras da aposentadoria. A deputada Tereza Nelma não quis saber, acabou fazendo parte dos 131 que votaram contra a reforma.
O mineiro em primeiro mandato na Câmara, deputado André Janones (Avante/MG, ), também se posicionou na contramão do que decidiu o presidente nacional da sigla, deputado Luiz Tibé (MG), que rebatizou a legenda, antes denominada de PT do B. Tibé votou sim ao texto-base da reforma.
Tiririca
O deputado Tiririca (PL/SP) é outro parlamentar que abriu dissidência no partido pelo qual foi eleito, votando não à reforma.
O deputado Valdevan Noventa (PSC/SE) também votou não, independentemente do PSC, que por coincidência é a mesma legenda do vereador Carlos Bolsonaro (RJ), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Os deputados dissidentes que votaram não vieram do Pros, PL, PSD e PP e PRB, que aliaram à oposição na Câmara, formada por PT, Psol, PCdoB, PSB, PDT e Rede .
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