O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, 11, que convidou um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para assumir a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. A decisão, segundo o presidente, depende apenas do “sim” de Eduardo, que estuda a possibilidade de ter que renunciar ao mandato parlamentar para assumir a função de embaixador. A missão, contudo, já foi analisada por Eduardo, que afirmou à reportagem que "aceita" o posto dada pelo pai.
Leia Mais
Bolsonaro participa de evento de posse do novo diretor-geral da AbinBolsonaro pede a deputados evangélicos propostas para atrair popularidadeCarlos Bolsonaro rebate general Heleno sobre 'traumas' envolvendo seu paiCalero acusa presidente de nepotismo por sinalizar que Eduardo assumirá embaixada'Já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer nos EUA', diz Eduardo Bolsonaro'Deu polêmica', diz ministro Ramos sobre eventual indicação de Eduardo BolsonaroMaia: Queremos que Bolsonaro entenda que Legislativo tem papel relevante
Segundo Bolsonaro, “não é fácil a decisão para Eduardo eventualmente ter que deixar o mandato para assumir a Embaixada dos EUA”. O presidente afirmou que ainda não está claro se ele realmente seria obrigado a deixar a função que ocupa no Congresso, mas disse que, se confirmado, isso seria um “complicador”. Ele disse, ainda, que não pode influenciar a escolha do filho e que Eduardo terá que fazer a escolha sozinho.
Bolsonaro sinalizou que o convite ao filho teria sido feito nesta quinta-feira e brincou que algum “anão” que fica embaixo de sua mesa no Palácio do Planalto teria repassado a informação rapidamente. O presidente também contou que a ideia já foi cogitada no passado.
Eduardo: ‘Eu aceitaria qualquer missão que o presidente me der’
Eduardo afirmou que aceitaria o cargo de embaixador em Washington caso seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, o escolhesse. “Eu aceitaria qualquer missão que o presidente Bolsonaro me der e tentarei desempenhar da melhor maneira possível”, afirmou.
O deputado, porém, disse que não houve convite formal. “Não tem nada oficial para mim. Estou sabendo pela imprensa”, afirmou Eduardo.
O cargo de embaixador em Washington está vago desde abril, quando o diplomata Sérgio Amaral deixou o posto. Desde que seu pai foi eleito, Eduardo tem atuado como uma espécie de embaixador informal do governo. Acompanhou o pai nas viagens e chegou a substituir o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em reunião com o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca.
Na Câmara, o deputado também tem atuado na área e comanda a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Com Estadão Conteúdo.