Ex-estrategista de campanha de Donald Trump e organizador de uma onda de movimentos nacionalistas de direita, Steve Bannon comemorou ao saber da ideia do presidente Jair Bolsonaro de indicar o filho Eduardo Bolsonaro ao posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. "Eduardo pega o Trump e o movimento Trump", disse Bannon ao jornal O Estado de S. Paulo, avaliando como um movimento "muito inteligente" de Bolsonaro a possibilidade de enviar o filho a Washington. "Ele vai chegar ao posto já sabendo os atores, as questões e as oportunidades", disse Bannon.
Eduardo foi a principal interface do governo Bolsonaro com Bannon. Ele se reuniu com o estrategista de campanha ainda no período eleitoral, nos EUA, e, depois disso, teve uma série de encontros com o americano até ser designado o líder do "movimento" de Bannon na América do Sul. O "movimento" é considerado uma reunião de apoiadores de governos e políticos nacionalistas e de direita pelo mundo.
O deputado brasileiro se orgulha dos encontros que já teve com o americano, apesar de a figura de Bannon ser mal vista por parte do grupo de Trump na Casa Branca - de onde o ex-estrategista saiu demitido em 2017.
Bannon esteve por trás da eleição de Trump e do site Breibart, de plataforma de ultradireta. Também foi conselheiro da Cambridge Analytica, consultoria acusada de fornecer dados de milhões de usuários do Facebook para prejudicar Hillary Clinton em 2016.
Bannon avaliou que Eduardo provavelmente não continuará no trabalho na América do Sul, pois o cargo de embaixador "vai tomar 100% do tempo" do hoje deputado federal, mas acha que isso pode ajudar o "movimento". "É ótimo, porque agora terá alguém que realmente entende o movimento em Washington. Eduardo é um indivíduo extraordinariamente talentoso", afirmou ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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