Exonerada da secretaria de Estado de Cultura, a empresária Solanda Steckelberg afirmou que pediu para deixar o cargo de secretária adjunta por incompatibilidade de agendas para o segundo semestre.
Principal nome escolhido pelo secretário Marcelo Matte para formar uma equipe que comandará o setor cultural no governo Romeu Zema, Solanda considera positiva a passagem de quatro meses pela pasta e diz que, mesmo diante de uma grave crise econômica, a cultura voltou a recuperar orçamento em Minas Gerais.
“Quando fui convidada me afastei da minha empresa e abri mão da condição de sócia-administradora. Neste segundo semestre a empresa terá uma atividade intensa e para não ter qualquer conflito entre privado e público preferimos deixar o cargo”, explicou Solanda.
Ex-presidente da Fundação Clóvis Salgado e da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Solanda era a principal interlocutora do governo com diversos representantes do setor. Ela assumiu o cargo em março e sua exoneração foi publicada na edição de sexta-feira (12) do Minas Gerais.
Prestígio
Segundo ela, a área da cultura recebeu grande prestígio durante o primeiro semestre do governo Zema. “Diante de um cenário difícil nacionalmente conseguimos recuperar o orçamento e, ao contrário da economia nacional de forma geral que passa por momento de crise, tivemos nosso setor preservado em Minas”, diz.
O secretário de cultural Marcelo Matte lamentou a saía de Solanda, mas afirmou que essa decisão foi tomada por elá há cinco meses, quando a convidou para o cargo.
“A ideia era essa, ou seja, ela me ajudaria a montar a equipe, definir um planejamento, projetos etc. E depois sairia para cuidar da empresa dela”, comentou. Matte ainda ressaltou a competência de Solanda Steckelberg e que ainda não há nenhum nome em vista para substituí-la. "Ela é uma excelente profissional, muito respeitada por todos no meio cultural, além de ser muito dedicada e competente", destacou.