A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) veio a Belo Horizonte, na manhã deste domingo (14), para se despedir da mãe, Dilma Jane Coimbra da Silva, que morreu no sábado em casa.
Dilma Rousseff se despede da mãe em BH; corpo será cremado https://t.co/NPBBm7bmto pic.twitter.com/zsrnAptDJJ
— Estado de Minas (@em_com) 14 de julho de 2019
Em cerimônia discreta e sem a presença de lideranças nacionais do PT e de outros partidos, a pedido da família, o corpo foi velado durante toda a manhã em uma casa funerária na Região Centro Sul da capital. Depois seguiu para ser cremado em um cemitério de Contagem.
Dilma chegou sozinha por volta das 10 h para participar da cerimônia e foi cumprimentada por alguns militantes do PT que aguardavam na entrada. Ela estava em Londres quando soube da morte e voltou imediatamente ao Brasil.
Minutos antes da chegada da petista, a amiga de Dilma e ex-ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Eleonora Menicucci, pediu ao grupo para evitar abordar a ex- presidente, mas ela recebeu as manifestações de solidariedade e liberou a entrada dos simpatizantes.
A ex-presidente não quis falar com a imprensa.
Pimentel e aliados
O ex- governador Fernando Pimentel (PT), que foi companheiro de Dilma no período estudantil e na época da ditadura, compareceu ao velório mas também não quis falar. “Vamos respeitar o luto dela”, disse o político que está afastado da cena política desde que perdeu eleição do ano passado já no primeiro turno.
O presidente do PT em Belo Horizonte, vereador Arnaldo Godoy disse ter comparecido como amigo de Dilma. "A mãe dela estava muito fragilizada desde a campanha ao Senado. Viemos não como presidente do PT, como amigo, mostrar nosso carinho e afeto pela mulher que ela é", afirmou.
Além dele, poucos políticos foram ao local. Entre eles a ex-deputada federal Jô Moraes (PCdoB), o deputado federal Reginaldo Lopes e o estadual Virgílio Guimarães.
Vários, no entanto, manifestaram pêsames pelas redes sociais. Segundo Arnaldo Godoy, a ex-presidente Dilma disse à presidente do PT nacional Gleisi Hoffman, ao candidato derrotado do PT à Presidência Fernando Haddad e a outras figuras da política nacional que não precisavam comparecer à despedida de sua mãe.
O deputado federal Rogério Correia (PT), um dos poucos que foram dar o abraço pessoalmente, destacou o papel de Dilma e da mãe. " Viemos trazer nossa solidariedade. A presidente sempre teve na mãe uma voz muito firme em defesa dos mais pobres", disse.
O irmão de Dilma, Igor Rousseff, e a filha dela Paula, além de vários familiares, participaram da cerimônia de velório, que teve uma missa de corpo presente antes do encaminhamento para a cremação.
Cerimônia reservada
Ao contrário do que ocorreu quando o ex-presidente do PT e da Petrobras José Eduardo Dutra em outubro de 2015 foi velado no mesmo local, a ex-presidente entrou e saiu pela frente, na Avenida Afonso Pena. Na ocasião, alguns manifestantes foram protestar contra o ex-presidente Lula e ela.
No velório da mãe de Dilma, a orientação foi para tentar fazer com que a cerimônia fosse o mais reservada possível, ao estilo da petista, e evitando a presença das lideranças, já que Dilma Jane não era política.
Dilma Jane morreu nesse sábado (13) em sua casa na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, aos 95 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas ela enfrentava problemas de saúde há alguns anos e chegou a ter uma isquemia cerebral.
A mãe da ex- presidente Dilma nasceu em 1924 e foi casada com o imigrante búlgaro Pedro Rousseff. Além de Dilma, ela deixa o filho Igor. A outra filha, Zana Lúcia, morreu aos 26 anos, em 1976.