O assessor parlamentar Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, primo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, virou uma espécie de "espião voluntário" do governo. Nos primeiros quatro meses da gestão do tio, Léo Índio elaborou dossiês informais de "infiltrados e comunistas" nas estruturas federais nos Estados.
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'Leo Índio', sobrinho de Jair Bolsonaro, ganha cargo de confiança no SenadoPrimo de Carlos Bolsonaro seria 'olhos e ouvidos' do vereador no PlanaltoCarlos Bolsonaro rebate general Heleno sobre 'traumas' envolvendo seu paiO primo dos Bolsonaro já viajou a pelo menos três Estados - Maranhão, Bahia e Minas - nos primeiros meses do ano catalogando "alvos incompatíveis" com a administração federal. Coincidentemente, três Estados que estão ou estiveram sob domínio de "comunistas" do PT e do PCdoB.
Durante as viagens, Leo dedicou parte do seu tempo a reuniões políticas com militantes do PSL e apoiadores do presidente. Foi depois de um encontro desses que surgiu o nome da ex-deputada estadual Maura Jorge (PSL), no Maranhão, que passou a comandar a Superintendência da Funasa no Estado, órgão historicamente ligado à família Sarney. Pelas redes sociais, Maura Jorge agradeceu.
"Dias atrás, informei a vocês sobre o convite que o presidente Jair Bolsonaro me fez para compor seu governo. Hoje, fico honrada em anunciar que decidi aceitar essa missão, assumindo o comando da Funasa no Maranhão, pois tenho a certeza de que, desse modo, vamos poder fazer ainda mais pelo progresso do nosso Estado e do povo maranhense.
Léo Índio ganhou notoriedade por possuir carta branca para entrar no Palácio do Planalto. Nos primeiros 45 dias de Bolsonaro, esteve 58 vezes no Planalto. Com 35 anos, foi estudante de Administração e ocupa o cargo de assessor parlamentar do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo, com o salário de R$ 22.943,73. Questionado sobre sua atuação no governo, limitou-se a dizer que está "focado nas missões que o senador (Chico Rodrigues) designou". .