O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender nesta quinta-feira, durante seu pronunciamento via redes sociais, a indicação Eduardo para a vaga de embaixador dos EUA. Ao dizer que o filho tem capacidade para assumir o posto, ele admitiu que a medida pode frustrar parte de seus eleitores, mas confirmou que mesmo diante do boicote manterá a indicação.
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Bolsonaro admitiu que a medida pode ser boa também para Eduardo. “Pretendo beneficiar meu filho, sim. Se eu puder dar um filé filé-mignon ao meu filho, eu vou dar, sim. Mas, neste caso, não tem nada de filé-mignon”, disparou.
Em outro momento de mais uma defesa da vaga para o filho, o presidente disse que um nome bem escolhido traz muitos benefícios para o país, por isso, não seria problema que ele deixasse o cargo de deputado federal. “Um bom embaixador é muito mais produtivo”, analisou.
Mais cedo, Jair Bolsonaro já tinha dado como certo que o nome do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), "vai ser aprovado" pelos senadores como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. O presidente deixou de lado as medidas econômicas e usou parte do discurso na cerimônia de 200 dias de governo para defender a nomeação do filho para o cargo em Washington.
Em certo momento, Bolsonaro chegou a dizer ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que poderia indicar Eduardo para assumir o lugar do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), assim ele comandaria todas as embaixadas.
“Vamos supor um caso hipotético, Davi, eu não acredito nisso, até porque a sabatina (na Comissão de Relações Exteriores, do Senado), vai ser feita com rigor, eu tenho certeza disso, e ele (Eduardo) vai ser aprovado. Mas eu poderia dizer para o Ernesto 'vou te indicar para a Embaixada dos EUA e colocar meu filho como ministro das Relações Exteriores'”, declarou Bolsonaro.
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