O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter neste sábado (20) para mais uma vez criticar a imprensa. "Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos", diz um dos posts do presidente.
Em seguida, Bolsonaro completa: "Sempre defendi liberdade de imprensa, mesmo consciente do papel político-ideológico atual de sua maior parte, contrário aos interesses dos brasileiros, que contamina a informação e gera desinformação. No fundo, morrem de saudades do PT."
"Vou falar do PT sempre. Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados", escreveu o presidente.
- Vou falar do PT sempre. Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 20 de julho de 2019
Há pouco, o presidente saiu do Palácio da Alvorada e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou ao exterior uma imagem muito ruim do Brasil com relação à fome.
- Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos.
%u2014 Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 20 de julho de 2019
Ontem, durante café da manhã com correspondentes estrangeiros, o presidente Jair Bolsonaro fez críticas a governadores do Nordeste, em especial ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). "Daqueles governadores de Paraíba, o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada para esse cara", disse o presidente em conversa com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O áudio foi captado pela TV Brasil, canal oficial do governo, que transmitiu o café da manhã na íntegra.
As declarações do presidente têm gerado muitas reações até mesmo de militares. O general da reserva, Luiz Rocha Paiva, integrante da Comissão da Anistia, disse que o comentário é "antipatriótico" e "incoerente". O governador Flávio Dino criticou o que chamou de "postura beligerante" e "sectária" de Bolsonaro. Em carta, os governadores do Nordeste também se manifestaram e disseram receber "com espanto e profunda indignação a declaração do presidente da República transmitindo orientações de retaliação a governos estaduais". Eles também afirmam aguardar esclarecimentos por parte da presidência da República. Ontem, o Palácio do Planalto e a Casa Civil não quiseram comentar a conversa, nem esclarecer o contexto do que foi tratado.
No mesmo café com a imprensa estrangeira, Bolsonaro afirmou que é uma "grande mentira" que existam pessoas passando fome no Brasil. "Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem. Aí eu concordo. Agora, passar fome, não", disse Bolsonaro, que, mais tarde, recuou e afirmou que "alguns passam fome".