1. Qual é o prejuízo à Zelotes com sua ida a Roraima?
A Zelotes é uma operação que já estava atuando sem estrutura necessária e agora vai ter ainda mais dificuldade para andar. Com a minha chegada, a operação retomou um ritmo mais forte, mas ainda aquém do necessário. Isso irá parar. Por exemplo: em ao menos seis audiências tivemos que contar com procuradores substitutos, de fora da Zelotes, para assumir em cima da hora. Eu falei com os substitutos, passei todo o caso, também são colegas competentíssimos, mas, obviamente, se perde um pouco o fio da meada. Perde-se também o fio da meada em investigações que estão em andamento.
2. Já houve crítica de falta de estrutura no passado.
A Zelotes só contava comigo como procurador exclusivo. O Frederico (Paiva, outro procurador da operação) não era desonerado de seu ofício na Procuradoria da República do DF. Acumulava, além da Zelotes, o volume de trabalho normal dos ofícios criminais da unidade. Também não tínhamos nenhum assessor dedicado com exclusividade para a operação. Todos ficavam sobrecarregados.
3. Quais argumentos foram usados com a Procuradoria-Geral da República?
Muito foi conversado com o secretário-geral do MPF, Alexandre Camanho. A própria procuradora-geral da República (Raquel Dodge) não nos recebeu, apesar de muito termos tentado.