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Estado de Minas POLÍTICA

Investigação aponta para centenas de celulares hackeados

Polícia Federal deflagrou Operação Spoofing para investigar hackeamento de celulares de autoridades


postado em 24/07/2019 10:09 / atualizado em 24/07/2019 11:39

(foto: Arquivo/Agência Brasil)
(foto: Arquivo/Agência Brasil)

A investigação sobre a invasão de telefones de autoridades, entre elas o do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e do procurador da República Deltan Dallagnol, indica que centenas de celulares foram hackeados ou sofreram tentativas de hackeamento, em uma ação "muito além da Lava-Jato".

Quatro suspeitos de realizarem as invasões foram detidos nesta terça-feira, 23, pela Operação Spoofing da Polícia Federal - entre eles Walter Delgatti Neto, Gustavo Santos e Suellen Priscila de Oliveira. Os presos foram transferidos para Brasília.

Além dos mandados de prisão temporária, os agentes federais cumpriram ordens de busca e apreensão em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto, cidades do interior paulista. A ação, que apreendeu ainda significativa quantidade de dinheiro em espécie, foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

O inquérito sobre a ação de hackers é mantido em sigilo e está sendo conduzido pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, que investigou o esquema do mensalão.

O mandado de buscas indica que desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no Rio, o juiz Flávio Lucas, da 18ª Vara Federal do Rio, e os delegados da PF Rafael Fernandes, em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campinas (SP), também teriam sido alvo de hackers.

Em junho, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que, além de Moro e Deltan, pelo menos outras oito autoridades que atuam ou atuaram em investigações ligadas à Operação Lava-Jato em quatro Estados e um jornalista foram alvo de tentativas ou invasão por parte de hackers. Integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também foram alvo de ataque.

Também nesta terça-feira, a PF informou que vai investigar a suspeita de invasão nos aparelhos celulares do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).


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