A pedido da defesa, a Polícia Federal adiou os depoimentos de dois dos presos na operação que apura a invasão dos celulares do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol.
Segundo o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Gustavo Henrique Elias Santos e a mulher presa, identificada como Suellen Priscila de Oliveira, os dois só falarão quando ele estiver em Brasília.
Leia Mais
Suspeitos de invadir o celular de Moro são transferidos para BrasíliaPF prende quatro pessoas suspeitas de hackear celular de Moro 'Aqui não é terra sem lei', diz Moro após cancelamento de status a refugiadosInvestigação aponta para centenas de celulares hackeadosOs quatro suspeitos de hackear os celulares de autoridades foram transferidos para Brasília e levados para a Superintendência da PF do Distrito Federal. A ação, batizada de Operação Spoofing, foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.
Os suspeitos chegaram por volta das 19h à capital federal e, segundo a PF, apenas dois permanecerão na carceragem da Superintendência por questão de espaço. Os demais foram levados por volta das 23h para local não informado.
Moreira disse à reportagem que a Polícia Federal está "impedindo sua atuação na defesa do cliente". O advogado disse desconhecer o envolvimento de Santos com atividades de hackers. Segundo o defensor, ele trabalha como DJ. O suspeito já foi condenado em outro caso pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por porte ilegal de arma.
Em e-mail encaminhado à PF na noite desta terça, ao qual a reportagem teve acesso, o advogado solicita informações acerca do cumprimento do mandado de prisão.
"Segundo consta, meu cliente Sr. Gustavo Henrique Elias Santos foi detido e encaminhado para esta unidade.
O advogado também disse que precisa de mais informações sobre o local onde ele se encontra detido, bem como o horário em que será interrogado. "Estão impedindo a atuação da defesa. Disseram para eu estar presente em uma hora para o interrogatório. Mas eu fui saber da prisão quando o meu cliente já estava em Brasília. Impossível eu estar lá em uma hora", disse ele, que embarca para a capital federal nesta quarta-feira, 24.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo adiantou, os quatro presos em São Paulo foram transferidos para Brasília de avião e a expectativa era de que prestassem depoimento ainda nesta terça-feira na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal.