Em rápido discurso durante a solenidade de assinatura da MP que trouxe novas regras para o saque do FGTS, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que o governo está dando “liberdade” ao trabalhador para decidir o que fazer com o dinheiro, além de criar uma alternativa para os 61 milhões de brasileiros que hoje têm alguma dívida, especialmente com contas de água e luz em atraso.
Sobre as críticas relacionadas à liberação de até R$ 500 por conta, a partir de setembro, o presidente disse que está “focado nos mais pobres”.
Dados apresentados pelo governo apontam que 81% das contas do FGTS têm menos de R$ 500, o que corresponde a 54,7 milhões de trabalhadores.
Bolsonaro defendeu ainda que o saque aniversário – modalidade que entrará em vigor a partir do ano que vem – será uma espécie de renda extra anual para o trabalhador.
“Precisamos da ajuda de todos os senhores e senhoras, pois essa não é só uma medida de governo. É o país voltando a crescer”, afirmou Bolsonaro, que ainda fez piada.
Disse que tinha o discurso por escrito, “apesar do profundo conhecimento de economia”. Durante a campanha, o então candidato repetiu diversas vezes que não entendia nada de economia, e deixaria o setor nas mãos de Paulo Guedes.