O presidente Jair Bolsonaro defendeu a portaria publicada esta semana pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que permite a deportação "sumária" de estrangeiros considerados "perigosos". Bolsonaro, porém, negou que a medida tenha ligação com o jornalista americano Glenn Greenwald, um dos fundadores do site The Intercept Brasil, que vem publicando supostos diálogos entre Sergio Moro e procuradores da Lava-Jato em Curitiba, como Deltan Dallagnol.
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Bolsonaro diz confiar 100% em Moro e que este não fará 'nada que a lei impeça'Bolsonaro sobre helicóptero com parentes: 'ia negar e mandar irem de carro?'Amazônia é do povo brasileiro, diz Bolsonaro em discurso no RioDoleira da Lava-Jato publica foto de 'Chanel' e tornozeleira eletrônicaO presidente ainda ironizou o fato de americano não correr risco de ser deportado, mas poderia ir parar na prisão aqui no Brasil. "Ele não vai embora.
Mais cedo, o presidente defendeu que "publicar informações mentirosas, mesmo sabendo que foram mentirosas, e não se retratar é um crime também", em referência à investigação sobre a suposta invasão de hackers a dados de aparelhos celulares de autoridades do País.
A portaria de Moro prevê que estão sujeitos ao "rito sumário de expulsão" estrangeiros suspeitos de terrorismo, de integrar grupo criminoso organizado ou organização armada e pessoas acusadas de traficar drogas, pessoas ou armas de fogo.
Bolsonaro corroborou que estrangeiros suspeitos de cometer crimes sejam deportados, mesmo que os supostos crimes não tenham sido comprovados judicialmente.
"Eu não sou xenófobo, mas na minha casa entra quem eu quero", disse. "É suspeito apenas, sai daqui. Já tem bandido demais no Brasil. O sentimento dele é o meu, parabéns ao Moro pela portaria", declarou o presidente..