O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira, 1º, ser preciso que a Corte resolva "logo" os "problemas mais agudos" e defina o que o Poder Público pode ou não fazer em matéria de investigação penal, ao ser questionado sobre o processo que trata do compartilhamento de dados por órgãos de controle com investigadores.
Leia Mais
'Combate à lavagem ficaria prejudicado', diz presidente do CoafJanaina Paschoal pede impeachment de Toffoli por decisão sobre inquéritos com CoafBretas nega recurso de réu que se baseou em decisão de Toffoli sobre CoafA previsão é que o plenário do STF analise o caso em novembro, mas Toffoli já indicou que pretende conversar com os colegas para tentar adiantar essa data.
"Acho que é preciso resolver logo esses problemas mais agudos, mais sérios, para que o tribunal então no desempenho da sua função jurisdicional, possa definir aquilo que o poder público pode ou não pode fazer em Matéria de investigação penal. Isso é importante, qualquer que seja o resultado", disse o decano antes de entrar na sessão plenária do STF, que inaugura o segundo semestre na Corte.
Quando o Supremo permitiu, em 2016, que a Receita Federal tenha acesso a dados bancários sem autorização judicial, Celso e o ministro Marco Aurélio Mello foram os únicos a se manifestar de forma contrária. Agora, o STF terá de decidir se órgãos como a Receita e o Coaf precisam da supervisão de um juiz para passarem as informações a investigadores.
A medida tomada por Toffoli em julho, que é relator do processo pautado para novembro, suspendeu investigações em que os dados fiscais e bancários detalhados de contribuintes foram usados sem aval do Judiciário. Até que o plenário da Corte se manifeste, esses casos deverão ficar paralisados..