Com duração de pouco mais de 1 hora e presença de apenas um terço dos deputados no Plenário, o retorno das atividades na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi em ritmo de férias nesta quinta-feira (1).
Mesmo em sessão curta, houve tempo para que alguns deputados presentes fizessem críticas ao governador Romeu Zema (Novo).
Na sessão – que começou às 14h 20 e terminou às 15h37 e contou com a presença de 28 dos 77 deputados no Plenário – foram aprovados requerimentos solicitando a convocação de uma reunião especial para comemorar o Dia do Soldado, em 25 de agosto, outra reunião para comemorar a Independência do Líbano e uma outra para a entrega do título de cidadão honorário de Minas ao médico Carlos Eduardo Guimarães Leão.
Segundo a assessoria de imprensa, 40 deputados estiveram presentes na Casa, incluindo nas comissões.
"Cara de pau"
Entre os oito deputados que falaram durante a sessão, três fizeram críticas ao governador Zema. Alencar da Silveira Júniro (PDT) afirmou que o governador é “cara de pau” ao dizer que ele é o responsável pelos investimentos em energia solar anunciados nesta semana sem citar o trabalho de deputados nos últimos anos para conseguir os recursos.
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Educação e segurança
A deputada Beatriz Cerqueira (PT) cobrou mais investimentos na área da educação e afirmou que o governo de Minas não fez nada pelo setor nos primeiros seis meses. “Estranha a postura do governo ao diminuir a oferta de educação integral sob justificativa financeira. Não é questão de falta de recurso, mas do dinheiro total que entra não estão sendo aplicados os 25% na educação”, criticou a petista.
Outro que atacou Zema no Plenário logo no retorno das atividades foi Sargento Rodrigues (PTB), que repercutiu a nomeação de 102 superintendentes pelo governo de Minas aceitando indicações de deputados.
“Quero deixar claro que eu não fiz escolha nenhuma de superintendente e não indiquei ninguém nesse governo. Vamos cobrar do governador a retomada do pagamento no quinto dia útil”, afirmou Rodrigues.
Privatizações e ajuste fiscal
Neste semestre a principal discussão na Casa será a adesão de Minas Gerais no programa de recuperação fiscal junto ao governo federal. O governador Zema aponta a participação do estado no programa como única forma de equilibrar as finanças mineiras e voltar a pagar o funcionalismo em dia.
No entanto, parlamentares avaliam que o governo estadual terá dificuldades para aprovar contrapartidas exigidas pela União, como a privatização de estatais, entre elas Cemig, Copasa e Codemig.