Jornal Estado de Minas

Retorno em ritmo de férias na Assembleia de Minas, com ataques a Zema

Com duração de pouco mais de 1 hora e presença de apenas um terço dos deputados no Plenário, o retorno das atividades na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi em ritmo de férias nesta quinta-feira (1).

Mesmo em sessão curta, houve tempo para que alguns deputados presentes fizessem críticas ao governador Romeu Zema (Novo).

Na sessão – que começou às 14h 20 e terminou às 15h37 e contou com a presença de 28 dos 77 deputados no Plenário – foram aprovados requerimentos solicitando a convocação de uma reunião especial para comemorar o Dia do Soldado, em 25 de agosto, outra reunião para comemorar a Independência do Líbano e uma outra para a entrega do título de cidadão honorário de Minas ao médico Carlos Eduardo Guimarães Leão.

Segundo a assessoria de imprensa, 40 deputados estiveram presentes na Casa, incluindo nas comissões.

"Cara de pau"

Entre os oito deputados que falaram durante a sessão, três fizeram críticas ao governador Zema. Alencar da Silveira Júniro (PDT) afirmou que o governador é “cara de pau” ao dizer que ele é o responsável pelos investimentos em energia solar anunciados nesta semana sem citar o trabalho de deputados nos últimos anos para conseguir os recursos.

“Fico abismado quando vejo o governador anunciar investimentos de R$ 21 bilhões para Minas Gerais em energia eólica e diz que 'eu estou trazendo para Minas'. Mas que cara de pau.
Não lembrou que esse projeto começou na Assembleia, com muitas conversas com empresários do setor”, criticou Alencar.

Na quarta-feira (31), Zema anunciou o investimento bilionário em geração de energia fotovoltaica na região Norte do estado. A ampliação dos projetos da Solatio Energia contará com aportes de R$ 21 bilhões até 2023 e permitirá uma capacidade de geração energética de mais de 7.200 megawatts.

Educação e segurança

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) cobrou mais investimentos na área da educação e afirmou que o governo de Minas não fez nada pelo setor nos primeiros seis meses. “Estranha a postura do governo ao diminuir a oferta de educação integral sob justificativa financeira. Não é questão de falta de recurso, mas do dinheiro total que entra não estão sendo aplicados os 25% na educação”, criticou a petista.

Outro que atacou Zema no Plenário logo no retorno das atividades foi Sargento Rodrigues (PTB), que repercutiu a nomeação de 102 superintendentes pelo governo de Minas aceitando indicações de deputados.


“Quero deixar claro que eu não fiz escolha nenhuma de superintendente e não indiquei ninguém nesse governo. Vamos cobrar do governador a retomada do pagamento no quinto dia útil”, afirmou Rodrigues.

 

Privatizações e ajuste fiscal

Neste semestre a principal discussão na Casa será a adesão de Minas Gerais no programa de recuperação fiscal junto ao governo federal. O governador Zema aponta a participação do estado no programa como única forma de equilibrar as finanças mineiras e voltar a pagar o funcionalismo em dia.

No entanto, parlamentares avaliam que o governo estadual terá dificuldades para aprovar contrapartidas exigidas pela União, como a privatização de estatais, entre elas Cemig, Copasa e Codemig.

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