O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta sexta-feira, 2, que irá prestar os esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as suas declarações em relação à morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.
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"O próprio ministro determinou que eu não tenho essa obrigação. Mas é só transcrever o que eu falei para vocês aqui. O que eu falei demais? Que eu tive conhecimento na época... Eu ofendi o pai dele? Não ofendi. O que eu tive conhecimento na época foi o que falei", disse.
Bolsonaro contou que recebeu na quinta-feira o filho do jornalista Edson Régis, que de acordo com ele, morreu fruto de uma bomba em Recife em 1966.
O presidente afirmou ainda lamentar as mortes que aconteceram dos "dois lados". "Se não tivesse tido essa vontade de implantar o comunismo no Brasil, nada disso teria acontecido. Se tivessem aceitado a normalidade do que acontecia, nada..", disse.
Durante a entrevista a jornalistas, Bolsonaro não quis comentar se seria a favor do afastamento do procurador Deltan Dallagnol por conta do vazamento de mensagens em que ele teria falado contra ministros do Supremo Tribunal Federal e sobre o pedido pela Corte de compartilhamento das informações sobre a investigação.
Questionado sobre se o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria condições de permanecer no cargo caso as informações por hackers sejam confirmadas, Bolsonaro afirmou confiar no ministro e não ver motivos para demiti-lo.
"Até o presente momento eu não tive problemas com Sergio Moro.