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Estado de Minas SALÁRIOS PARCELADOS E 13º ATRASADO

Zema: 'Dinheiro da Lei Kandir vai para o pagamento de servidores'

Em Sete Lagoas, governador promete direcionar recursos para acertar os salários dos funcionários públicos em caso de sucesso nas negociações com a União


postado em 03/08/2019 14:04 / atualizado em 03/08/2019 15:21

Romeu Zema participa de inauguração ao lado do empresário Bernardo Paiva (foto: Rede Comunicação/Divulgação)
Romeu Zema participa de inauguração ao lado do empresário Bernardo Paiva (foto: Rede Comunicação/Divulgação)
O governador Romeu Zema (Novo) afirmou neste sábado (3) que o pagamento dos servidores do Estado será prioridade em caso de sucesso na negociação com a União sobre os ressarcimentos da Lei Kandir. Zema participou do lançamento das obras de construção da fábrica de latas da Ambev, em Sete Lagoas

Na segunda-feira (5 de agosto), um encontro no Supremo Tribunal Federal reunirá lideranças políticas mineiras e de outros estados que negociam com o governo federal formas de recompor as perdas na arrecadação com a Lei Kandir. 

"A prioridade é melhorar a escala de pagamento. Temos funcionários que até hoje não receberam o 13º salário. Temos funcionários que recebem parcelado. Então, a grande prioridade é colocar em dia as pessoas que precisam desses pagamentos regularizados", afirmou Zema. 
 
O governador avaliou que o momento também é crítico para as finanças do governo federal, mas que a União não pode fugir de suas responsabilidades. "Nessa segunda estaremos em Brasília, junto do presidente da Assembleia, Agostinho Patrus, para discutir a Lei Kandir. Minas, um dos estados mais prejudicados, está unida no que diz respeito a Lei Kandir. Sabemos que o governo federal está com a situação financeira crítica mas ele não pode fugir da responsabilidade dele".  

Sem definir uma data, Zema afirmou que a intenção do governo é apresentar os projetos de recuperação fiscal para a Assembleia Legislativa nas próximas semanas. "A velocidade (da tramitação dos projetos) será dada pela própria Assembleia. Estamos fazendo um trabalho a quatro mãos".
 
O programa de recuperação fiscal é considerado fundamental pelo governador para equilibrar as contas de Minas. Ao aderir ao regime, Minas deixa de pagar a dívida com a União e passa a ter direito a créditos junto ao tesouro nacional. No entanto, uma das contrapartidas, será privatizar estatais, como Cemig, Copasa e Codemig. Na Assembleia, muitos deputados são críticos ao programa e prometem obstruir as propostas de Zema. 

Inauguração da Ambev 


No final da manhã deste sábado (3), Zema participou do lançamento das obras de construção da fábrica de latas da Ambev, em Sete Lagoas. 

A cervejaria anunciou um investimento de R$ 700 milhões até o ano que vem na construção da sua primeira fábrica de latas. 
 
Perspectiva da nova fábrica de latas(foto: Rede Comunicação/Divulgação)
Perspectiva da nova fábrica de latas (foto: Rede Comunicação/Divulgação)
 
 
A obra prevista para ser concluída em 2020 vai gerar 600 empregos temporários na região. Já a fábrica, ao começar operar, vai gerar 350 empregos, entre diretos e indiretos. 

O presidente da cervejaria Ambev, Bernardo Paiva, comemorou o momento positivo nas relações entre o setor empresarial e o governo de Minas. Ele afirmou que a nova fábrica em Sete Lagoas aumentará a produção e distribuição dos produtos no Brasil. 

"A Ambev sempre acreditou no país e comemora o fato de Minas facilitar o trabalho do empreendedor, criando um ambiente amigável, o que é fundamental para novos investimentos", disse o presidente da Ambev.

A fábrica de latas e tampas da Ambev vai abastecer inicialmente a demanda das cervejarias de Sete Lagoas e Juatuba e parte das operações no Sudeste.
 

Incentivo  

O presidente da Ambev destacou que Minas se tornou o maior centro produtor de cerveja no Brasil e que a nova fábrica vai incentivar os fornecedores locais. "Teremos uma feira para atrair os empresários da região que têm interesse em fornecer para a Ambev. A intenção é estimular as parcerias locais e fazer com que os pequenos empreededores cresçam também", disse. 

Sobre o cenário econômico do país, o executivo avaliou que o momento é de retomada e acredita em novo ciclo de crescimento. "Depois de crises mais agudas vem o crescimento. Essa crise foi mais longa. Investimos ainda durante a crise porque acreditamos nessa recuperação. Não sou visionário para saber do futuro, mas esse ciclo já vai chegar. Estou otimista", analisou Bernardo Paiva.

"Esse tipo de evento é o que mais aprecio como governador. Até porque venho do setor produtivo e sei da importância da geração de empregos", declarou Zema.  

"Minas está no caminho certo. O Estado não tem como equilibrar as contas só cortando despesas, é necessário que a receita também aumente. Nos últimos anos, Minas não tratou bem quem investe, produz e gera empregos. Temos como prioridade simplificar a vida dos empreendedores", finalizou o governador.  



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