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Estado de Minas

Nova ação ajuizada pelo MP será usada contra Wellington Magalhães na Câmara de BH

Em processo apresentado ao Tribunal de Justiça na sexta-feira, o vereador é acusado de ter recebido R$ 1,8 milhão em propina. Argumentos da ação serão incluídos na denúncia que pede a cassação do mandato dele por quebra de decoro parlamentar


postado em 05/08/2019 11:35 / atualizado em 05/08/2019 11:46

Wellington Magalhães foi preso em abril do ano passado e atualmente usa tornozeleira eletrônica(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Wellington Magalhães foi preso em abril do ano passado e atualmente usa tornozeleira eletrônica (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Autor do pedido de cassação do vereador Wellington Magalhães (DC) na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o também parlamentar Mateus Simões (Novo) vai apresentar uma requerimento para incluir novas denúncias contra o colega no processo.

O documento será protocolado na Casa na tarde desta segunda-feira,  e ferá referência a uma ação por improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público no Tribunal de Justiça mineiro, na sexta-feira passada (2).

“Quis trazer isso (a ação de improbidade) para a denúncia, porque trata-se de um fato novo. Vai atrasar um pouco o andamento da denúncia na Casa, mas acredito que só alguns dias”, afirmou o parlamentar.

A denúncia contra Magalhães foi apresentada por Simões em 28 de junho, e a expectativa era que a Procuradoria da Casa apresentasse o parecer à presidência da Casa ainda esta semana.

 

Em novembro do ano passado, Wellington Magalhães escapou de ser cassado pelos colegas durante votação no plenário da Câmara. Para evitar resultado semelhante, Mateus Simões alega que os argumentos para o novo pedido de perda de mandato são diferentes. Um dos argumentos para a quebra de decoro é o fato de Wellington Magalhães usar tornozeleira eletrônica. 


MP


Na ação ajuizada na semana passada pelo Ministério Público, o ex-presidente da Câmara é acusado de liderar uma organização responsável por uma fraude de R$ 30 milhões em contratos de publicidade da Casa. O MP pede a devolução dos recursos aos cofres públicos e que o político seja afastado do mandato.

Segundo o MP, Magalhães teria recebido R$ 1,8 milhão de propina em dinheiro, além de vinhos importados e hospedagem no exterior.

Além de Wellington Magalhães, aparecem como réus outras oito pessoas físicas ou jurídicas. O MP pediu a indisponibilidade de bens de todos os denunciados no valor de R$ 9,2 milhões

Em acordo de delação premiada, um deles, Fredherico Ribeiro Guedes, apresentou uma agenda com anotação de repasses feitos ao vereador.

Preso em abril do ano passado, o vereador ficou mais de um ano ano afastado da Câmara Municipal, reassumindo o mandato em 17 de junho, amparado por uma decisão judicial.


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