O vereador Ronaldo Batista (PMN) foi empossado no começo da sessão da tarde desta segunda-feira na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Batista é suplente do ex-vereador Claúdio Duarte (PSL), cassado na semana passada, acusado de “rachadinha” - prática de recolher parte do salário de funcionários do gabinete.
Em sua primeira fala no plenário, Ronaldo disse que não tem mais ligação com o sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo, mas contou que desde que começou a trabalhar atua na área e trabalhava como motorista na linha intermunicipal que liga a capital ao Serro, Região Central de Minas. Em sua atuação na Casa, ele afirmou que pretende lidar sempre com sinceridade. “Eu sou sempre sincero e direto”.
Em conversa com o Estado de Minas, o calouro na Câmara disse que o mandato será uma oportunidade para ele ampliar as pautas em que ele já trabalhava, como o transporte. Segundo ele, o momento em que chega à Casa está tumultuado e que depõe contra a imagem do parlamento.
“A gente vê isso com preocupação e também não temos nada a comemorar. Na realidade, entro aí para mostrar que é possível fazer política diferente de essas que foram feitas, que culminaram com cassação e projetos de cassação. É para isso que eu vim, para mostrar quem eu sou e, com honestidade e transparência na gestão, tentar desmanchar essa máfia que ficou aqui na Câmara Municipal", disse.
Perguntado se pretende aproveitar algum funcionário de Cláudio Duarte (PSL), Ronaldo disse que não tem relação com o ex-vereador e que tem sua própria equipe.
Cassação
Na semana passada, após uma sessão tensa com presença de policiais e registro de Boletim de Ocorrências, por causa de ameaças recebidas pela presidente da Casa, vereadora Nely Aquino (PRTB) e do segundo vice-presidente, Jair Di Gregório (PP), ocorreu a primeira cassação de um vereador da capital.
Por unanimidade, Cláudio Duarte perdeu o posto de parlamentar, antes mesmo de concluir a primeira legislatura.
Ainda há na Câmara outros dois pedidos de cassação – de Wellington Magalhães (DC) e Mateus Simões (Novo) -, que aguardam serem levados ao plenário para que os vereadores decidam se será instalada, ou não, a comissão processante. Por enquanto não há prazo para que a presidente da Câmara decida se coloca em votação os pedidos.