Um grupo contratado por auditores fiscais protesta nesta sexta-feira, 9, em frente ao Ministério da Fazenda, no Rio, para chamar a atenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, que toda sexta-feira despacha no prédio, localizado no centro da cidade.
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Guedes reuniu-se com Moro pela manhãBolsonaro diz que deu 'carta branca' para Guedes fazer mudanças no CoafCrítica de Guedes à oposicionistas repercute no TwitterPaulo Guedes confirma intenção de criar imposto nos moldes da extinta CPMFDe acordo com Cleber Magalhães, vice-presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional, sindicato dos fiscais da Receita Federal, a decisão preocupa a categoria, principalmente depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou dados das pessoas investigadas e também dos auditores que fiscalizaram essas pessoas.
"Isso ao nosso ver vai de encontro à lei, porque eu não posso expor o sigilo de outras pessoas para que quer seja, eu não posso expor principalmente para órgãos que não tem essas prerrogativa, a não ser por ordem judicial", explicou o auditor. "Qual a segurança jurídica que eu tenho para fazer o meu trabalho? Eu posso sofrer uma ação contra mim", questiona.
Segundo ele, pessoas politicamente expostas englobam agentes políticos que tem mais facilidade e controle da coisa pública, e o que a sociedade quer é que essas pessoas tenham uma conduta exemplar. Para isso, a Receita Federal passou a se valer das melhores práticas internacionais e acompanha movimentações financeiras consideradas atípicas.
"Você pega critérios objetivos para selecionar essas pessoas, patrimônio muito alto, pessoa que recebeu lucro e dividendos muito altos", disse Magalhães.
Ele conta que a decisão do STF saiu após a Receita selecionar para investigação uma lista de 133 pessoas que apresentaram algumas dessas características, mas que teve que ser suspensa.
O protesto conta com seis faixas e 12 pessoas contratadas pelo Sindifisco, que pretendem passar o dia em frente ao ministério para tentar sensibilizar o ministro, disse o auditor, que justifica a "terceirização do protesto" pelo fato deles ainda não terem decidido por uma greve.
"Como estamos trabalhando, esse foi o jeito de mostrar nossa preocupação", explicou Magalhães..