Os vereadores de Belo Horizonte devem votar nesta semana a criação de uma comissão processante para avaliar denúncias contra o vereador Wellington Mahalhães (DC).
"Os vereadores estão cautelosos. E foi assim também com o Cláudio Duarte (cassado no início deste mês), a única diferença é que Cláudio era unanimidade negativa, já Magalhães tem seus amigos aqui na casa", afirmou Jair di Gregório (PP), vice-presidente da Câmara.
O pedido de cassação de Welington Magalhães foi apresentado pelo vereador Mateus Simões, que acusa o ex-presidente da Casa de cometer várias irregularidades, como quebra de decoro, fraudes, tráfico de influência e ameaças a autoridades.
A reportagem procurou Magalhães em seu gabinete, mas um assessor informou que ele não vai se pronunciar sobre as acusações.
A votação para decidir sobre a criação de uma comissão processante deve acontecer na quarta-feira (14).
Nesta segunda-feira, policiais se reuniram com o vereador Mateus Simões, autor da denúncia, e definiram um esquema de escolta policial para garantir sua segurança.
Ele será acompanhado em todos os lugares por policiais e recebeu recomendações para não dirigir seu carro.
A Mesa Diretora pode juntar o pedido apresentado pelo advogado Mariel Marra com o pedido de Mateus Simões. Como as duas irregulariadades citadas por Marra estão entre as sete apresentadas por Simões, outra possibilidade é que apenas o pedido do parlamentar seja apreciado.
“Desde o final da semana passada já estou sendo acompanhado pela polícia na porta da minha casa, do meu escritório e aqui na Câmara. A decisão é do Ministério Público”, afirmou Simões.
Ele avalia que as ameaças de Magalhães são criminosas e que a Câmara precisa dar uma resposta. Simões se disse abatido e preocupado com sua segurança e de sua esposa.
Nesta segunda-feira (11) a sessão durou menos de 5 minutos e não houve votação ou pinga-fogo.