O vereador Wellington Magalhães (DC) foi ao Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) na tarde desta terça-feira (13) pedir para que todos os parlamentares da Casa apoiem a abertura de comissão processante que pode resultar em sua cassação. Ele afirmou que ele mesmo votará a favor do início do processo para poder se defender.
“Veio mais um pedido de cassação meu. Sendo que já passei por um. É a mesmíssima coisa. E estou com a consciência tranquila. Peço aos nobres pares dessa casa para votar pela abertura do processo. Até eu vou votar sim. Vou ter que me defender mais uma vez.
Leia Mais
Abertura de processo de cassação de Wellington Magalhães pode ser votada quarta-feiraNova denúncia esquenta clima entre Wellington Magalhães e Mateus Simões na Câmara de BHNova ação ajuizada pelo MP será usada contra Wellington Magalhães na Câmara de BH Processo de cassação de Wellington Magalhães avança na Câmara de BHWellington Magalhães apresenta defesa prévia do pedido de cassação à Câmara de BHTermina prazo para vereador Wellington Magalhães apresentar defesa contra cassação do mandatoPor unanimidade, Câmara de BH abre processo de cassação contra Wellington MagalhãesSecretário de Zema deixa cargo para votar em processo contra Wellington MagalhãesPelas redes sociais, vereadores lamentam morte de segurança da Câmara Municipal de BHExistem dois pedidos de cassação de Magalhães na Câmara, um apresentado pelo advogado Mariel Marra e outro pelo vereador Mateus Simões (Novo). No pedido de Simões estão citadas sete irregularidades supostamente cometidas por Magalhães, como ameaça a autoridades, fraudes em contratos de publicidade da Câmara e pagamentos de propina.
Desde a semana passada, o vereador do Partido Novo passou a receber escolta policiais por recomendação do Ministério Público depois que vieram à tona ameaças feitas por Magalhães.
Para a criação da comissão processante, que será responsável pela apuração das irregularidades, são necessários, pelo menos, 21 votos. O grupo será composto por três vereadores por meio de sorteio e eles devem apresentar um relatório em prazo de 90 dias. O relatório será votado no Plenário da Câmara pelos outros vereadores.
No ano passado, Magalhães teve um pedido de cassação barrado pelos colegas vereadores. Com um alto número de abstenções, o ex-presidente da Câmara se livrou da cassação, já que eram necessários 28 votos e 23 vereadores se manifestaram a favor da perda do mandato. Outros 15 se abstiveram.
MP cria grupo para apurar ameaças
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) criou um grupo especial formado por promotores de Justiça com atuação na Defesa do Patrimônio Público e no Combate ao Crime Organizado para apurar ameaças atribuídas ao vereador Wellington Magalhães.
O vereador é investigado pela prática de atos de improbidade administrativa e crimes diversos pelo MPMG e a quem são imputadas infrações político-administrativas no âmbito da Câmara.
.