Prestes a ser indicado formalmente para assumir a embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu nesta quarta-feira a sinergia entre diplomacia e defesa nacional ao discursar na abertura do Seminário "Desafios à Defesa Nacional e o papel das Forças Armadas", realizado na Câmara. "O próprio Frederico II, conhecido como O Grande, disse certa vez que 'diplomacia sem armas é como música sem instrumentos'", afirmou.
Leia Mais
Sob pressão de Bolsonaro, PSL cria 'filtro' ideológicoLíder do PSL diz que sigla não é intransigente e não será 'PT à direita'''Há um cansaço do circo inaugurado por Bolsonaro'', diz presidente da OAB"Diplomacia e Defesa são faces da mesma moeda. Instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia em nosso relacionamento externo", disse ele a uma plateia composta majoritariamente por deputados e militares.
Eduardo Bolsonaro afirmou ainda que os dois setores querem caminhar juntos em "um projeto de Brasil acima de tudo e de uma pátria soberana e forte". "Tanto para o diplomata quanto para o soldado, o cenário com que se defrontam é imprevisível e instável. As ameaças são difusas e invisíveis", disse.
O deputado não quis comentar as declarações à imprensa após o evento.
'Dentro dos parâmetros'
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, afirmou que o debate sobre o tema traz "a importância e relevância do papel que as Forças Armadas", no Brasil, país com grandes dimensões e riquezas naturais. "É hora de discutir a situação atual das Forças Armadas, seu orçamento, seu poder dissuasório", disse.
Sobre a indicação de Eduardo para a embaixada brasileira nos Estados Unidos, Azevedo afirmou que ela está "dentro dos parâmetros".