Jornal Estado de Minas

Secretário de Zema deixa cargo para votar em processo contra Wellington Magalhães


Autor do pedido de abertura do processo que pode culminar na cassação do mandato do vereador Wellington Magalhães (DC), o vereador Mateus Simões (Novo) não vai participar da reunião plenária, nesta quarta-feira, que vai analisar o requerimento. Para a abertura da comissão processante são necessários 21 votos.

Isso porque o Decreto-lei 201/67 proíbe que um vereador autor de pedido de cassação de colega vote sobre a admissão do caso. O suplente dele, Bernardo Ramos, foi convocado para participar da reunião plenária.

Secretário-adjunto de Saúde no governo Romeu Zema (Novo), o médico foi exonerado do cargo nesta quarta-feira para votar na Câmara de BH.

Os vereadores vão decidir, na tarde de hoje (14) se há indícios de quebra de decoro parlamentar por parte de Wellington Magalhães, o que justificaria a cassação do mandato dele.

Magalhães é acusado pelo Ministério Público de improbidade administrativa em razão de irregularidades em contratos de publicidade avaliados em R$ 30 milhões.


O vereador chegou a ser preso em abril do ano passado, e depois de solto começou a usar tornozeleira eletrônica. Ele ainda ficou afastado do mandato por mais de um ano, e voltou à Câmara em junho, graças a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça.

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