Jornal Estado de Minas

Televisão estatal alemã satiriza Bolsonaro por desmatamento na Amazônia


O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de críticas de um programa humorístico da TV estatal alemã nesta quinta-feira (15/8). Transmitido pelo canal NDR, Extra 3 faz sátiras políticas semanais. Desta vez, o presidente brasileiro foi escolhido como alvos das piadas devido ao crescente desmatamento da Amazônia e as recentes declarações sobre o tema por parte do chefe do Executivo.






O apresentador do programa, o comediante Christian Ehring, chama Bolsonaro de "idiota de Ipanema" e "Trump do Samba", o que seria uma versão brasileira do presidente norte-americano.


De acordo com o programa, Bolsonaro estaria mais preocupado com o acordo comercial entre Mercosul e a União Europeia, do que o fato de que está perdendo fundos para a proteção da Floresta Amazônica. Ele ainda explica como o desmatamento no Brasil funciona para manter plantação de sojas e criação de gado.

Esta semana, a Alemanha anunciou o corte de R$ 155 milhões que eram destinados à preservação do bioma brasileiro. A decisão do país levou em conta dados que mostram que o Brasil não tem conseguido diminuir o desmatamento da região. Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente declarou que o país europeu deveria usar o dinheiro para reflorestar as próprias florestas.






Nesta quinta-feira (15/8), a resposta à provocação de Bolsonaro veio por meio de um post no Facebook da embaixada da Alemanha em Brasília. Com um vídeo das florestas do país um texto diz: “Você sabia que a Alemanha é um dos países mais florestados da Europa? As florestas alemãs são destinos turísticos imperdíveis.”



Provocações não pararam por aí

Durante o programa, Bolsonaro ainda aparece sendo retratado como bobo da corte e o protagonista do filme O massacre da serra elétrica. Para concluir o programa ainda fez uma paródia da música Copacabana, de Barry Manilow, intitulada de A canção de Bolsonaro.


A paródia começa com a reprodução de um vídeo em que o presidente fala que, caso eleito, não haveria "um centímetro de terra para indígena e quilombola". A declaração ocorreu durante palestra no Clube Hebraica do Rio, em 2017, quando ainda era deputado federal.






A paródia, então, segue se referindo ao presidente como uma “pessoa esquisita” que gosta de política e um militar que gosta de atirar nos moradores da Amazônia com um rifle. Ao longo da canção, são várias as imagens utilizadas, como a da discussão do presidente com a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).


A música diz que Bolsonaro não se importa quando se fala sobre desmatamento e que “se você falar sobre mudança climática, você será ridicularizado”. A letra ainda diz que o presidente “prefere gado em vez de futuro para crianças”.