O ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu nesta sexta-feira (16), que o remanejamento de R$ 926 milhões do orçamento destinado à Educação para o pagamento de emendas representa um corte do governo.
Conforme reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, o valor equivale a 16% do total bloqueado no MEC este ano (cerca de 6 bilhões). Parte deste dinheiro foi utilizado para o pagamento de emendas parlamentares com o objetivo de aprovar o texto da reforma da Previdência.
"São emendas para projetos específicos, aí foi um corte", disse Weintraub à Folha. De acordo com o ministro, a aprovação da reforma cria um ambiente favorável para a retomada da atividade econômica e, como consequência, o aumento na arrecadação de impostos, o que aliviaria o caixa do governo, permitindo descontingenciar os recursos.
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A afirmação foi feita durante coletiva do Ministério da Educação (MEC) para falar sobre o acordo com instituições de ensino superior de Portugal, para que elas aceitem as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de seleção de estudantes brasileiros em seus cursos de graduação.
Andifes
Nessa quinta-feira, o ministro se reuniu com reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Na ocasião, Weintraub acenou que o repasse no orçamento das universidades e institutos federais começa a ser revertido a partir do próximo mês.
Na ocasião, a Andifes disse que o ministro reconheceu que a situação econômica do país exigiu um contingenciamento que limitou as ações no MEC e nas universidades. “Mas disse também que a arrecadação melhor no mês de agosto, junto com o recebimento de dividendos por parte do governo federal, permitirá um desbloqueio a partir do mês de setembro”, disse a Andifes em nota.
Bloqueio
Em março, o governo anunciou contingenciamento no orçamento das universidades e institutos federais de educação no montante de R$ 2 bilhões da verba prevista, o equivalente a 29,74% do total do orçamento anual. Segundo o ministro, o bloqueio da verba foi necessário devido à redução na previsão de crescimento do país este ano. O Orçamento elaborado no ano passado previa um crescimento de 2,5% no ano, o que já foi descartado pelo governo. Além disso, com o recuo da atividade econômica no primeiro semestre, houve uma redução na arrecadação.
Com informações de Estadão Conteúdo
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