Associações da magistratura, do Ministério Público Federal e estaduais e das forças de segurança organizam para a próxima semana protestos em algumas capitais do País para pressionar o presidente Jair Bolsonaro a vetar o projeto aprovado pelo Congresso que criminaliza o abuso de autoridade. Os atos serão realizados nos dias 19 em Belém, Natal, Campo Grande e Curitiba; no dia 20 em Brasília; e no dia 23 em Belo Horizonte.
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Lei do abuso de autoridade quer 'consagrar impunidade' no país, dizem promotoresDeputados do PSL protocolam pedido para anular votação de abuso de autoridadeParecer da Justiça sugere nove vetos à lei de abuso de autoridadeRaquel Dodge: projeto que criminaliza abuso de autoridade pode ser um 'veneno'Gilmar Mendes analisará ação que busca reverter votação de abuso de autoridade'Associar autonomia policial a golpe em 2022 é histeria', diz associaçãoParecer revela o que mais inquieta Moro na Lei do Abuso'Não se teme uma Lei de Abuso, mas o abuso na criação da lei', diz CNPGSegundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, porém, a cúpula do Judiciário não deve se mobilizar nessa ofensiva contra o projeto de abuso de autoridade. A avaliação é de que, como essa versão do texto atinge outros poderes e não apenas o Judiciário, isso esvazia o discurso de que a proposta é direcionada aos agentes de Justiça.
Outra avaliação é que, eventuais excessos que venham a ser cometidos e que forem enquadrados como abuso de autoridade, serão avaliados pelo próprio Judiciário.
A proposta prevê punição a agentes públicos, incluindo juízes e procuradores, em uma série de situações e é considerada uma reação da classe política às operações recentes contra corrupção, como a Operação Lava-Jato. Ela também abrange policiais, membros de tribunais ou conselhos de contas, servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas.
Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que ainda está analisado o projeto e que ele tem "coisa boa e coisa ruim", mas criticou a possibilidade de punir um policial que algemar alguém que não demonstre resistência no ato da prisão. Ele disse também que, independentemente da decisão que tomar, irá "levar pancada".