O procurador e chefe da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, recorreu ao seu perfil no Twitter para rebater acusações de que procuradores da Operação Lava-Jato driblaram a lei para obter dados sigilosos da Receita Federal. "Mais acusações falsas contra a Lava-Jato. A Receita passou informações para o MP (Ministério Público) na Lava-Jato em três situações, sempre com amparo na lei", escreveu.
Leia Mais
Lava-Jato driblou limite legal para tentar acessar dados de imposto de renda, mostram mensagensDeltan Dallagnol no CNMP: entenda processos contra o procurador da Lava JatoMensagem de Dallagnol que cita ''peido'' viraliza e vira piada na internet'Esquerdista estilo PSOL': página de Bolsonaro compartilha post sobre DallagnolDe acordo com Dallagnol, a Receita passou informações para o Ministério Público no âmbito da Lava-Jato nas seguintes situações: "Quando houve quebra de sigilo fiscal decidida por juiz; quando o MP requisitou informações fiscais, poder dado pela Lei Complementar 75/93 e reconhecido em atos e decisões da Administração Pública e do Judiciário e, por fim, quando a Receita identificou indícios de crimes, em apuração de iniciativa própria ou a partir de informações recebidas do Ministério Público, de outros órgãos ou de cidadãos".
O promotor afirmou ainda que a Receita Federal tem liberdade de apurar atos ilícitos a partir de notícias que recebe e de comunicá-los ao Ministério Público. "Uma função central dos Escritórios de Pesquisa e Inteligência, como aquele que o auditor Roberto Leonel chefiava, é exatamente fazer pesquisa e investigação. A obrigatoriedade da comunicação dos indícios de crimes ao MP está prevista no art. 5º da Portaria 671/14", acrescentou.
Por fim, Dallagnol mencionou post do procurador da República do MPF em Goiás, Helio Telho, para rebater críticas à relação da força tarefa com a Receita Federal. "O colega @HelioTelho explica que a cooperação entre Receita e Ministério Público é legal, legítima e desejável.