Jornal Estado de Minas

Líder tucano de Zema nega questão partidária em demissão de secretário


O líder do bloco da base do governador Romeu Zema (Novo), deputado Gustavo Valadares (PSDB), lamentou nesta terça-feira (20) a saída do secretário de governo Custódio Mattos da pasta. A exoneração do tucano, que cuidava da articulação política do Executivo, foi publicada na manhã de hoje no Diário Oficial de Minas Gerais.

“A gente fica triste pelo Custódio, que é um bom companheiro e um bom amigo, agora, nunca foi uma questão partidária. O espaço dele no governo foi uma escolha pessoal do governador, da mesma forma como foi uma escolha pessoal do governador a sua exoneração”, afirmou Valadares.

Segundo o deputado, o partido não faz nenhuma avaliação oficial por considerar que o espaço nunca foi da legenda. O líder do governo, deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), informou por meio de sua assessoria que não comentaria a mudança na gestão de Zema. Ele assumiu a liderança a convite de Custódio Mattos.

Ex-secretário de Aécio


Com a saída de Custódio Mattos, o novo secretário de Governo será o deputado federal Bilac Pinto (DEM). Apesar de durante a campanha eleitoral ter dito que não colocaria parlamentares eleitos nas secretarias, o convite já foi feito ao parlamentar, que foi secretário no governo do atual deputado federal Aécio Neves (PSDB).

Bilac se reuniu com o Romeu Zema nessa segunda-feira, mesmo dia em que o governador comunicou a demissão a Mattos, e a nomeação foi acertada para ocorrer nos próximos dias. A troca teria sido articulada com influência do presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), como uma forma de melhorar o clima na Assembleia para a tramitação das propostas de ajuste fiscal que serão enviadas à casa.
Também atenderia a integrantes do Novo, que reclamavam da grande ascendência do PSDB no governo.

A se confirmar a nomeação de Bilac Pinto, o ex-deputado federal Marcus Pestana, tucano ligado ao senador Aécio Neves, ganha uma vaga na Câmara dos Deputados. Com 72 mil votos, ele ficou como primeiro suplente da coligação que reuniu PSDB, PSD, Solidariedade, PPS, DEM e PP. A troca também prestigia o Dem, do senador Rodrigo Pacheco, que passa a ter assento na Cidade Administrativa.

Procurado pelo Estado de Minas, o ex-deputado Marcus Pestana disse que não há nada oficial e que preferia não comentar o assunto. “Estou em São Paulo trabalhando como consultor na iniciativa privada”, disse. Questionado se voltaria ao Legislativo, caso a vaga se confirme, afirmou que iria “pensar”.


Caso Pestana decline de assumir a vaga na Câmara, o próximo da fila é o também ex-deputado Fabiano Tolentino. .