Jornal Estado de Minas

Executiva do PSDB rejeita expulsão de Aécio Neves e impõe derrota a João Doria

A executiva nacional do PSDB rejeito na tarde desta quarta-feira (21) dois pedidos de expulsão do deputado Aécio Neves da legenda. 

 

Os tucanos votaram duas representações: uma do diretório municipal de São Paulo e outra do diretório estadual paulista. Por 30 votos a favor, 4 contra e uma abstenção, os tucanos rejeitaram as duas. 

 

Para Aécio, a decisão do partido foi democrática. "O partido tomou uma decisão serena e democrática, não há aqui vitoriosos e vencidos", afirmou o deputado. "Acho que isso permitirá que o PSDB cumpra seu papel de um partido de centro, com a grave preocupação social e que pode voltar a ser protagonista no processo político brasileiro", afirmou Aécio.

 

Questionado se a decisão era uma derrota a Doria, ele disse que não vê dessa forma. "Decisão respeita estatuto e história daqueles que construíram história do PSDB. O partido simplesmente disse que tem regras", afirmou. 

 

O deputado mineiro é alvo de investigações na operação Lava-Jato e passou a ser alvo de ataques dentro do próprio partido desde que vieram à tona áudios em que ele pediu R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS

Além das gravações, um primo do parlamentar foi filmado e rastreado pela Polícia Federal recebendo uma mala de dinheiro. Aécio justificou as gravações dizendo que a verba seria para pagar sua defesa. 


Nas últimas semanas as críticas a Aécio aumentaram entre os tucanos paulistas. O governador de São Paulo João Doria afirmou que o deputado poderia fazer sua denúncia fora do PSDB. 

 

"A meu ver, o deputado Aécio Neves tem todo o direito a formular a sua defesa, confiante na sua inocência, mas pode fazê-lo fora do PSDB", afirmou Doria após reunião com a bancada tucana na Câmara. 

A expulsão de Aécio Neves é considerada fundamental por parte do partido que espera demonstrar uma renovação para os eleitores a partir de 2020.

Desde a aprovação de um novo estatuto, membros do PSDB defendem critérios éticos mais rígidos e o parlamentar mineiro, com várias investigações em andamento, poderia atrapalhar a legenda. 

 

Relator e aliado do mineiro, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA) apresentou parecer contrário à admissibilidade das representações. A maioria da executiva acompanhou o entendimento, travando a possibilidade de os casos avançarem para o Conselho de Ética do partido.

 

Com informações de Estadão Conteúdo 

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