O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) chamou de 'farsa', na manhã desta quinta-feira (22), a tentativa do PSDB – articulada pelo governador João Dória – de expulsar o deputado federal Aécio Neves da legenda. Em Belo Horizonte, onde fez palestra para alunos da UFMG, o presidenciável afirmou que o governador de São Paulo e o apresentador Luciano Huck, que tem os nomes cotados para concorrer ao Palácio do Planalto em 2022, são o mesmo que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), “só que sem patuscadas”.
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Ao falar para estudantes, Ciro disse que Bolsonaro foi mesquinho ao “abrir a caixa-preta do BNDES” para expor o apresentador Luciano Huck, que fez um empréstimo de R$ 17,7 milhões para comprar um jatinho, o “véio da Havan” e outras figuras por compras subsidiadas pelo banco.
Doria e Aécio
Ciro falou especificamente da situação de Doria, que disse que “se tivesse moral não compraria a juro subsidiado um jatinho com dinheiro do BNDES e não receberia milhões de reais do seu próprio partido e dos governos ocupados por seus partidos, tirando disso a sua própria fortuna pessoal”. O ex-ministro se refere aos eventos do grupo Lide, de propriedade de Doria, que ocorrem em estados com patrocínios do poder público.
O presidenciável criticou a tentativa frustrada de Doria, de expulsar de Aécio do PSDB. Segundo ele, o próprio Doria e outros nomes do PSDB como José Serra, Aloísio Nunes e Geraldo Alckmin também tem processos sem condenação.
Candidato a presidente
Cotado para concorrer à presidência em 2022, Ciro Gomes disse que a crise econômica e social vivida pelo país foi produzida “pelo desastre do governo do PT”, mas aprofundada por Bolsonaro.
Afirmou ainda que a esquerda não tem mais espaço no país e que será possível construir um diálogo com a centroesquerda para tirar Bolsonaro do poder. Questionado se concorreria de novo ao Planalto, afirmou que se seu nome for o escolhido teria grande satisfação de servir ao país como presidente.
Durante a palestra para estudantes da UFMG, Ciro foi algumas vezes chamado de 'presidente' pela plateia formada principalmente por universitários, que no fim se juntou em volta dele pedindo fotos. "Vai espalhando que eu gosto, mas agora não", disse.
Questionado sobre o fato de ter apoiado o PT no passado e agora se descolar dele, Ciro disse que, na luta política, as pessoas vale pelo que são e pelo que negam. “Tento há muitos anos produzir um caminho alternativo.
O ex-ministro ressaltou, no entanto, que não aceitou ser ministro no segundo governo de Lula e na gestão de Dilma. .