Um dos principais nomes do núcleo militar do governo Jair Bolsonaro (PSL), o general Villas Boas usou a citação de um líder comunista nessa quinta-feira (22) para criticar o presidente da França Emmanuel Macron pela decisão convocar debates sobre a situação da Amazônia no G7. A referência foi a Ho Chi Minh, líder revolucionário que articulou a luta do Vietnã contra o domínio francês.
Leia Mais
Eduardo Bolsonaro publica vídeo crítico ao presidente francês: 'Macron é um idiota'Bolsonaro admite que fazendeiros podem ser responsáveis por incêndios na Amazônia'Vamos acabar com o cocô no Brasil: comunistas e corruptos', discursa Bolsonaro no Piauí“Segundo ele (Macron) o tema será discutido na próxima reunião do G7 dentro de 2 dias. A questão que se coloca é de onde viria autoridade moral daquele país que, como disse Ho Chi Minh, é a patria do Iluminismo, mas quando viaja se esquece de levá-lo consigo”, escreveu o general conselheiro de Bolsonaro.
Os seguidores não perdoaram e destacaram a referência do líder comunista do Vietnã.
Na tread, Villas Boas também disse que a França estaria realizando “ataques diretos à soberania brasileira, que inclui, objetivamente, ameaças de emprego do poder militar”.
Villas Boas considerou que a interferência de Macron ultrapassa o limite “aceitável” nas relações internacionais. “ É hora do Brasil e dos brasileiros se posicionarem firmemente diante dessas ameaças, pois é o nosso futuro, como nação, que está em jogo”, escreveu.
Ho Chi Minh foi o fundador do Partido Comunista Indochinês e do Vietminh, que foi a liga da independência do Vietnã formada em 1941 para resistir à ocupação francesa. Antes, em 1923, atuou em um braço internacional do Partido Comunista da União Soviética, em Moscou, e chegou a ser preso por atividade ‘subversiva’. Batizado como Nuyen Sinh Cung, recebeu o pseudônimo que significa ‘aquele que ilumina’.
O revolucionário que morreu em 1969 de complicações de uma tuberculose é até os tempos atuais é lembrado pela resistência a uma invasão europeia..